A vitória sobre o norte-americano John Isner em seu jogo mais recente e os últimos torneios disputados no saibro em 2012 embalam Thomaz Bellucci no Aberto do Brasil. Principal esperança local, o cabeça de chave número 5 estreia diante de um adversário vindo do torneio classificatório.
Com a missão de liderar a equipe brasileira no duelo contra os Estados Unidos pela Copa Davis, Bellucci entrou com certa apatia diante de Sam Querrey e perdeu por 3 a 0, mas em seguida mostrou outra postura e superou o gigante Isner, 16º do mundo, em 5 sets. Pouco mais de uma semana depois, o triunfo no piso duro de Jacksonville ainda serve como combustível.
"Pelas condições daquele confronto, considero que foi uma das maiores vitórias da minha carreira. É sempre bom estrear depois de um triunfo como aquele. Consegui retomar meu melhor tênis e me sentir bem dentro da quadra novamente. Isso é bom para chegar aqui mais confiante e motivado. Espero manter o mesmo ritmo em São Paulo", afirmou.
Ex-jogador, o argentino Daniel Orsanic, técnico de Bellucci, disputou a Copa Davis e sabe que uma vitória como a alcançada por seu pupilo contra Isner é significativa. "Triunfos como aquele ajudam em termos de confiança. Apesar da derrota na série, a experiência do Brasil contra os Estados Unidos foi positiva", observou.
O Aberto do Brasil, disputado no Ginásio do Ibirapuera, marca o retorno de Bellucci ao piso de saibro, o seu preferido. Ele não joga um torneio da ATP na superfície desde julho de 2012, quando foi campeão em Gstaad depois de alcançar a semi em Stuttgart e de ganhar o Challenger de Braunschweig."Consegui retomar meu melhor tênis nessas três semanas, joguei muito bem e com alta regularidade. Tomara que aconteça o mesmo nessa semana e que eu possa render o máximo no saibro. É minha superfície preferida e na qual, teoricamente, posso ganhar de jogadores melhores com mais facilidade", explicou.
Antes da sequência de bons resultados no saibro europeu, Bellucci vivia uma temporada complicada em 2012, uma vez que havia caído no ranking mundial e sua vaga nos Jogos Olímpicos de Londres estava em risco. Na volta à superfície, Orsanic prevê um aumento
de rendimento.
"Ele tem boas recordações da última experiência neste piso em função do título conquistado em Gstaad. O Thomaz gosta muito de jogar no saibro e a readaptação não leva muito tempo, já que ele está muito acostumado", declarou o treinador argentino.