Time comandado por Bernardinho subirá pela sexta vez ao pódio olímpico

Henrique André - Enviado Especial
hcarmo@hojeemdia.com.br
21/08/2016 às 09:07.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:28
 (Vanderlei Almeida/ AFP)

(Vanderlei Almeida/ AFP)

RIO DE JANEIRO – A medalha de ouro do torneio olímpico de vôlei masculino será decidida dentro da quadra, entre os jogadores. E num clássico como Brasil e Itália, que começa às 13h15, no Maracanãzinho, apontar um favorito é tarefa ingrata, ainda mais nesta Rio-2016, que teve a competição marcada pelo equilíbrio. Do lado de fora, já haverá um campeão: o técnico Bernardinho.

É a sexta Olimpíada dele como treinador. E hoje, uma equipe comandada por ele receberá a sexta medalha. A história do técnico Bernardinho começa com as duas primeiras medalhas do nosso vôlei feminino, os bronzes conquistados em Atlanta (1996) e Sydney (2000).

Em 2001, ele assumiu o time masculino. E virou uma lenda, chamada de Era Bernardinho. Conquistou o ouro em 2004, em Atenas, numa final justamente contra a Itália, e a prata duas vezes, em Pequim (2008) e Londres (2012).

Hoje, pelo menos a prata também já está garantida. E mesmo que seja ela que os jogadores brasileiros vão colocar no peito, o trabalho de Bernardinho nestes Jogos do Rio é a prova definitiva de que ele é genial.

Depois de um ciclo olímpico em que o Brasil não ganhou nenhum título importante, embora seja líder do ranking mundial, e sem um time com a mesma qualidade dos tempos de ouro da Era Bernardinho (em Atenas, seus ponteiros eram Nalbert e Giba), a volta por cima da sua equipe tem relação direta com a sua capacidade de liderar grupos.

E nesta tarde, o time que sofreu na fase de grupos, quando perdeu para Estados Unidos e para a própria Itália, e que só seguiu no torneio após uma suada vitória em cima da França, na última rodada, quando uma derrota significaria a eliminação, pode ganhar o ouro olímpico.
Se isso acontecer, será pelo passe bem feito por Lipe e Lucarelli, dois jogadores que têm superado problemas físicos para jogar, pela boa distribuição de Bruninho, pelos ataques de Wallace, pelos bloqueios de Lucão e Maurício Souza e pelas defesas de Serginho, o representante do treinador dentro da quadra e único remanescente do ouro de 2004.

Mas não há como negar que tudo seria mais difícil se do lado de fora, mordendo a blusa a cada erro, e se segurando nos momentos de euforia, não estivesse Bernardinho.

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