Tite e técnico da Bélgica estrearam exatamente no mesmo dia; veja a comparação dos números

Cristiano Martins e Frederico Ribeiro*
Enviado Especial à Rússia
03/07/2018 às 19:09.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:10
 (AFP)

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O duelo entre Brasil e Bélgica pelas quartas de final da Copa do Mundo de 2018, às 15h desta sexta-feira (6), traz como ingrediente extra uma comparação curiosa e inevitável entre Tite e Roberto Martínez.

Os dois técnicos estrearam à frente das respectivas seleções exatamente no mesmo dia, em 1º de setembro de 2016. E também disputaram um igual número de partidas neste período (desconsiderando o beneficente e restritivo “Jogo da Amizade”, promovido pela CBF em janeiro do ano passado apenas com jogadores em atividade no país).

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Os números reforçam as razões pelas quais o brasileiro e o espanhol chegaram ao Mundial com status de postulantes ao título. Eles acumulam aproveitamentos acima dos 80% e só foram derrotados uma vez cada (ambos em amistosos). Além disso, as duas defesas passaram ilesas em pelo menos metade dos compromissos.

Contrastes

É justamente nesse último aspecto, porém, que se encontra a diferença mais visível entre os dois trabalhos.

Enquanto a quase intransponível Seleção Brasileira leva menos de um gol a cada quatro partidas sob comando de Tite (média de 0,24), a badalada Geração Belga é vazada numa frequência consideravelmente maior (0,87) com Martínez.

No outro oposto, os insinuantes Diabos Vermelhos vêm superando os goleiros num incrível ritmo de 3,16 vezes por jogo, contra “somente” 2,2 do time verde e amarelo.

Nesse ponto, contudo, é preciso destacar o fato de os europeus terem goleado rivais de baixíssima expressão, especialmente Gibraltar (6 a 0 fora e 9 a 0 em casa), Estônia (8 a 1), Bósnia, Chipre e Arábia Saudita (4 a 0).

Contra países mais tradicionais, os belgas tiveram dificuldades, como no revés para a Espanha (2 a 0) e nos empates com México (3 a 3), Holanda (2 a 2) e Portugal (0 a 0).

Na Copa

As características preponderantes dos dois adversários se confirmam no Mundial. O Brasil tem a melhor defesa da competição ao lado do Uruguai (um gol sofrido), enquanto a Bélgica possui o ataque mais positivo (12 marcados).

A Seleção de Tite, contudo, se mostra mais equilibrada, pois aparece empatada com a própria equipe de Martínez como a que mais finaliza no torneio (77 conclusões à meta).

“Quando você joga contra o Brasil, precisa entender que este é o melhor time da competição. Tem que aceitar isso. Quanto antes entender o seu papel, melhor”, declarou o espanhol, empurrando todo o favoritismo para o colega de profissão.

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