Títulos, marcas, artilharia e idolatria: confira os números da passagem de Léo pelo Cruzeiro

Lucas Borges
@lucaslborges91
20/05/2021 às 11:35.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:58
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

Fim de uma era. Após quase 11 anos, muitos títulos, idolatria e um final melancólico, Léo não é mais jogador do Cruzeiro.

Por decisão da Raposa, o contrato do zagueiro, que iria até o final de 2022, foi rescindido. A revelação foi feita pelo jogador ao ge.globo.

Certamente não era o encerramento de ciclo que o jogador desejava. Ausente dos gramados desde setembro do ano passado, em razão de um edema ósseo no joelho direito, o defensor deixa o clube estrelado sem conseguir alcançar o objetivo de retornar à Série A do Campeonato Brasileiro.

Entretanto, tal insucesso não apaga a vitoriosa passagem de Léo, cruzeirense assumido, pela equipe celeste.

Além da postura aguerrida em campo e do comprometimento com a instituição, que o fizeram cair nas graças dos torcedores, o zagueiro alcançou marcas importantes com a camisa estrelada.

Números

Léo teve a contratação anunciada pelo Cruzeiro no dia 13 de agosto de 2010. Desde que deixou o Palmeiras rumo à Raposa se passaram 3.933 dias.

No período, o jogador disputou 401 jogos pelo time celeste, sendo 388 como titular, o que o torna o 18º jogador que mais defendeu o time azul.

Os 22 gols marcados com o manto estrelado o colocam em terceiro na lista de zagueiros artilheiros do clube, atrás apenas de Cris (25 gols) e Geraldão (30 gols).

Por fim, talvez os números mais importantes da trajetória de Léo pelo Cruzeiro: os títulos.

Nesses quase 11 anos de Toca da Raposa II, o defensor conquistou o Campeonato Brasileiro (2013 e 2014), a Copa do Brasil (2017 e 2018) e o Campeonato Mineiro (2011, 2014, 2018 e 2019).

Idolatria e fim melancólico

Além dos troféus e das marcas pessoais, Léo se tornou querido pelo torcedor cruzeirense pela postura, especialmente no momento mais difícil da história do clube.

Consumado o rebaixamento à Série B em 2019, o zagueiro prontamente afirmou que desejaria continuar na Raposa, mesmo com o clube vivendo a pior crise administrativa de sua história.

E assim Léo o fez. Aceitou a repactuação salarial – inclusive o que o faz credor do clube estrelado neste momento – e também a missão de liderar, ao lado de Fábio, um grupo jovem na temporada passada.

No primeiro jogo da temporada passada, contra o Boa Esporte, na estreia do Campeonato Mineiro, no Mineirão, a torcida, reconhecendo o gesto, ovacionou o jogador das arquibancadas. 

Entretanto, dentro de campo as coisas não caminharam. Titular com Adilson Batista, Enderson Moreira e Ney Franco, o zagueiro perdeu a maior parte da Série B, em razão da lesão, e acompanhou de longe a fraca campanha da equipe no torneio.

Como alternativa para acelerar e otimizar a recuperação da lesão, custeou do próprio bolso um tratamento nos Estados Unidos, que teve duração de dezembro até o início de abril.

Dias depois de se apresentar na Toca da Raposa II, surgiram informações da possível rescisão do vínculo.

Léo foi às redes sociais reforçar a intenção de permanecer no clube estrelado. Em vão, quase 4 mil dias depois, estaria encerrada a marcante passagem do jogador pelo Cruzeiro.

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