(Divulgação/grupo Pró Cruzeiro)
Uma série de grupos de torcedores do Cruzeiro convocam nas redes sociais uma manifestação para esta terça-feira (27), às 16h30, com concentração na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, para reivindicar várias pautas relacionadas à política do clube. A mais urgente delas é pelo cancelamento da eleição para a escolha de novos conselheiros natos, marcada para o dia 5 de novembro.
Na semana passada, o presidente celeste Sérgio Santos Rodrigues se manifestou contra a realização do pleito, afirmando que este não deveria ocorrer, já que não seria o momento de acirrar ainda mais os bastidores políticos da Raposa.
Os organizadores da ação também pedem a expulsão de todos os conselheiros que foram remunerados na antiga gestão da instituição - o que é vetado pelo estatuto do clube -, então comandada pelo ex-presidente Wagner Pires de Sá.
O afastamento definitivo do próprio Wagner, de um dos seus vices na antiga administração, Hermínio Lemos, e de Sérgio Nonato, que ocupou o cargo de diretor geral até o ano passado, são o mais pedidos.
Pires de Sá e Nonato, inclusive, foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no dia 15 de outubro, por suspeita de terem cometido diversos crimes que lesaram o Cruzeiro entre 2018 e 2019.
Em abril, José Dalai Rocha, que ocupou a presidência da Raposa até a posse de Sérgio Santos Rodrigues em junho, protocolou a expulsão de 32 conselheiros, mas estes ingressaram na Justiça contra a decisão, contestanto os trâmites utilizados na expulsão, e o processo segue estagnado.
Muitos dos conselheiros envolvidos, inclusive, votaram nas duas eleições para presidente do clube que ocorreram desde então.Divulgação/ grupo Pró Cruzeiro
Outras pautas
Outra reivindicação dos torcedores é pela investigação da gestão de Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro entre 2012 e 2017.
Sob a batuta de Gilvan, a dívida da Raposa passou de R$ 120,3 milhões, quando assumiu, para R$ 371,8 milhões, em dezembro de 2017, quando passou o bastão para Wagner Pires de Sá.
Em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, em setembro de 2019, Gilvan justificou os gastos, afirmando que, de cara, teve que injetar verbas no departamento de futebol para evitar que o clube corresse risco de rebaixamento no Brasileiro.
Por fim, os organizadores também vão manifestar pelo direito ao voto da torcida nas eleições do clube.Divulgação/grupo Pró Cruzeiro