Torcida pesa críticas a Mano e Caicedo em protesto por má fase do Cruzeiro

Da Redação
esportes@hojeemdia.com.br
05/07/2017 às 10:25.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:23
 (Reprodução/Cruzeiro Sports)

(Reprodução/Cruzeiro Sports)

Manhã gelada em Belo Horizonte, mas nem mesmo o termômetro marcando temperatura abaixo do comum afastou o torcedor do Cruzeiro do protesto na porta da Toca II nesta quarta-feira, dia da reapresentação dos jogadores após a derrota no clássico da 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. E os grandes alvos da manifestação no centro de treinamento estrelado foram o zagueiro Caicedo e, principalmente, o técnico Mano Menezes.

Com palavras de ordem, os torcedores pediram a saída do treinador, que acumula à frente da equipe apenas duas vitórias (contra Atlético-GO e Coritiba) nos últimos dez jogos. Além dele, o equatoriano Caicedo também foi alvo das fortes cobranças. Nem mesmo o drama familiar que passa o jogador, que vê a mãe sofrer grave câncer em seu país natal, parece ter sensibilizado os presentes na manifestação.  

“Mano pipoqueiro, pega o Caicedo e vaza do Cruzeiro”; “Adeus Mano” e “Mano pede demissão” foram alguns dos cânticos proferidos na porta da Toca II, que recebeu centenas de torcedores nesta manhã.

Faixas e cartazes foram levados pelos torcedores à porta da Toca, e depois os cartazes foram afixados no portão principal do centro de treinamentos do Cruzeiro. E as frases eram fortes, sem poupar muita gente: “Jogar com Caicedo é jogar com um a menos”; “Copa do Brasil virou obrigação”; “O salário está em dia, o futebol que atrasou” foram algumas das faixas vistas no protesto.

Chegada dos jogadores

Durante a chegada dos jogadores é que o clima mais esquentava na porta do CT azul, mas nada que precisasse de interferência da Polícia Militar, presente nos arredores da Toca II.

A maioria dos atletas chegaram em taxis, possivelmente fugindo de qualquer possibilidade de serem identificados por seus carros particulares. E, também, pois tomarem ciência do protesto na última terça-feira, já que houve mobilização de torcedores por meio das redes sociais. Casos do próprio Mano Menezes e do zagueiro Léo, outro jogador muito criticado no protesto.

Durante a chegada do zagueiro Dedé, que segue no departamento médico com um edema ósseo no joelho esquerdo, os torcedores cercaram o carro do atleta e fizeram cobranças. Não diretamente ao defensor, que está machucado, mas para que o próprio Dedé pedisse empenho de seus companheiros.

“Dedé, pede para os caras jogarem bola, porra”, bradou um dos torcedores.

Em sua Porsche Cayenne preta, Dedé passou pela aglomeração de pessoas e alguns torcedores, mesmo sem aparentemente danificar o carro, bateram na lataria do veículo. 

Dois outros atletas também conversaram com os torcedores, o volante argentino Lucas Romero e o zagueiro Manoel. Esse último se recupera de uma cirurgia no pé esquerdo e já faz trabalhos específicos para, em breve, retornar aos treinos. 

Mais cobranças

Outro funcionário do Cruzeiro que recebeu cobranças foi um membro do departamento médico do clube. Ao chegar dirigindo uma caminhonete branca, que também foi cercada pelos torcedores, logo ele foi indagado: “Você é médico nessa porra?”

A insatisfação dos torcedores do Cruzeiro passa também pela quantidade de atletas entregues ao departamento médico. O último deles o volante Robinho, que volta ao DM por causa de nova lesão muscular, um mês depois de ter retornado aos trabalhos.

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