Evento contou com cerca de 60 alunos e já tem reflexo dentro das salas de aula
1º Torneio de Xadrez (Maurício Vieira)
Nesta quarta-feira (25), a Escola Municipal César Rodrigues, no bairro Miguelão, em Nova Lima, região Metropolitana de Belo Horizonte, recebeu o 1º Torneio de Xadrez com a participação dos alunos do 5° ano do Fundamental I, do Programa Escola em Tempo Integral, e convidados. Cerca de 60 jogadores marcaram presença na competição.
Um dos alunos convidados pelo professor Hélio Nonato, responsável por levar o evento à escola, foi o pequeno Davi Luca, de apenas seis anos. O interesse pelo esporte foi visto pelo professor após um bate-papo sobre as peças que fazem parte do tabuleiro de jogo. Já a mãe de Davi, Rayane Cesário, contou que o filho iniciou a paixão pelo esporte dentro de casa.
“Ele tinha o conhecimento por meio do pai, que joga por hobby. Ele está muito feliz de participar e ficava falando sobre xadrez e o torneio em si. Acho importante a participação dele porque ajuda na evolução dele, com relação ao ensino. O xadrez ensina o perder e o ganhar e outras coisas também”, contou Rayane.
O reflexo de um melhor desempenho de Davi e dos demais participantes dentro de sala de aula, após a inclusão do xadrez, é notório, conforme explicou a professora Luisa Lins.
“Eles estão ficando bem mais calmos, e aprendendo sobre o perder e ganhar, que muitos não sabem. Tá sendo muito positivo. Quando eles estão tendo qualquer tempinho, se reúnem, para jogar”
Para Juliana Campos, coordenadora do programa escola tempo integral, a inclusão do xadrez vem de encontro com o que prega o programa: comunicação, respeito e competitividade saudável. “Tudo que eles aprendem aqui, eles vão desenvolver essa aptidão e habilidade que pode valer para a vida”, falou Campos.
Quem também marcou presença foi Pedro Faria, 21 anos, estudante, campeão do torneio municipal de Nova Lima, e que iniciou no xadrez aos 16 anos.
“Estou aqui a convite do professor Hélio, principalmente porque quero que essas crianças vejam que o xadrez pode transformar a vida, como foi com a minha. Quero que elas tenham um olhar especial sobre o jogo”, falou Pedro.
O enxadrista reforçou que o esporte, antes tido como de elite, é agregador. “O xadrez tem muito de ser esporte de elite, foi propagado dessa forma. Então é importante os alunos de escolas públicas jogarem e comprovarem por elas mesmo que não tem isso. Todos podem jogar, independente de idade”, concluiu.