(Agência i7/Mineirão)
Cruzeiro e Boca Juniors entraram em campo na noite desta quinta-feira (4) para definir o último semifinalista da Copa Libertadores de 2018 com uma enorme bandeira erguida no meio do Mineirão com uma raposa estilizada e a alcunha “La Bestia” em letras garrafais.
Apelido dado ao Cruzeiro pelos chilenos, pelos seguidos sucessos cruzeirenses sobre o maior time do país, o Colo-Colo, nos anos 90, ele não pode ser aplicar quando se trata de mata-mata, pela Libertadores, contra argentinos.
As quartas de final de 2018 foram o sétimo encontro da Raposa com argentinos em confrontos com jogos de ida e volta pelo principal torneio de clubes das Américas. E os cruzeirenses amargaram no Gigante da Pampulha nesta quinta-feira o sexto fracasso consecutivo.
Sim, o Cruzeiro só venceu o mata-mata contra argentinos na Libertadores, e não foi um confronto qualquer. Em 1976, decidiu a competição com o River Plate e levou a melhor no jogo desempate, disputado no Estádio Nacional, em Santiago, e vencido por 3 a 2.
A partir do ano seguinte, quando também foi finalista, contra o Boca Juniors, o Cruzeiro começou a acumular fracassos diante de clubes argentinos em fases decisivas de Libertadores, pois perdeu a final para os xeneizes.
Depois de mais de três décadas, o Cruzeiro voltou a cruzar com o mesmo Boca, nas oitavas de 2008. E foi eliminado, com duas derrotas. Tinha início uma série cruel para os cruzeirenses, pois nos últimos dez anos a Raposa caiu cinco vezes para argentinos na Libertadores, com todas as partidas de volta sendo disputadas no Mineirão e sem nenhuma vitória cruzeirense.
O mais cruel dos resultados foram os 2 a 1, de virada, para o Estudiantes, na decisão de 2009. No novo Mineirão, o Cruzeiro encerrou nesta quinta-feira sua terceira participação em Copas Libertadores. E em todas elas (2014, 2015 e 2018) foi eliminado nas quartas de final, por um clube argentino, com a partida de volta dentro do Gigante da Pampulha.
O foco agora é a decisão da Copa do Brasil. Levantar o hexa, diante do Corinthians, dará ao cruzeirense mais um ano especial, até pelo simbolismo da conquista, pois o clube será o primeiro a ter seis taças e também a vencer duas vezes de forma consecutiva.
Se isso acontecer, a presença na Copa Libertadores do ano que vem estará assegurada. E também a chance de voltar a ser La Bestia, o que o Cruzeiro não tem conseguido neste século quando se trata da maior competição de clubes das Américas.
CRUZEIRO X ARGENTINOS EM MATA-MATAS DE COPA LIBERTADORES
Ida
21/7
Cruzeiro 4 x 1 River Plate
Mineirão
Volta
28/7
River Plate 2 x 1 Cruzeiro
Buenos Aires
Extra
30/7
Cruzeiro 3 x 2 River Plate
Santiago
Ida
6/9
Boca Juniors 1 x 0 Cruzeiro
Buenos Aires
Volta
11/9
Cruzeiro 1 x 0 Boca Juniors
Mineirão
Extra
14/9
Boca Juniors 0 x 0 Cruzeiro
Montevidéu
Nos pênaltis: Boca Juniors 5 x 4
Ida
30/4
Boca Juniors 2 x 1 Cruzeiro
Buenos Aires
Volta
7/5
Cruzeiro 1 x 2 Boca Juniors
Mineirão
Ida
8/7
Estudiantes 0 x 0 Cruzeiro
La Plata
Volta
15/7
Cruzeiro 1 x 2 Estudiantes
Mineirão
Ida
7/5
San Lorenzo 1 x 0 Cruzeiro
Buenos Aires
Volta
14/5
Cruzeiro 1 x 1 San Lorezno
Mineirão
Ida
21/5
River Plate 0 x 1 Cruzeiro
Buenos Aires
Volta
27/5
Cruzeiro 0 x 3 River Plate
Mineirão
Ida
19/9
Boca Juniors 2 x 0 Cruzeiro
Buenos Aires
Volta
4/10
Cruzeiro 1 x 1 Boca Juniors
MIneirão