(Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)
O bicampeonato brasileiro em 2013 e 2014 deu ao Cruzeiro a chance de alcançar na Série A de 2015 o recorde do São Paulo, único tricampeão da competição em sequência, com os títulos de 2006, 2007 e 2008.
Mas desde o início do Campeonato Brasileiro de 2015, o medo do rebaixamento substituiu a esperança do tri. De temido, o Cruzeiro virou um adversário inofensivo. Troca de treinadores, proximidade da zona de rebaixamento e relações conturbadas com a torcida. Foi essa a marca da equipe, principalmente na primeira metade da competição.
Com a saída de Marcelo Oliveira após a derrota para o Figueirense por 2 a 1, em Florianópolis, na quarta rodada, a cúpula estrelada foi em busca de Vanderlei Luxemburgo, responsável em conduzir a Raposa à Tríplice Coroa, em 2003.
Luxa até começou bem, com três vitórias seguidas, uma delas no clássico contra o Atlético, no Independência, colocando um ponto final no jejum da Raposa, que nunca tinha vencido o maior rival no novo estádio erguido no Horto.
Seus “módulos”, contudo, se transformaram em um verdadeiro pesadelo para a China Azul, com sucessivas derrotas e a proximidade da zona de rebaixamento. O comandante se despediu da Toca pela porta dos fundos.
ESPERANÇA
A esperança voltou com a chegada de Mano Menezes. Com o novo comandante, o Cruzeiro teve seu melhor momento na temporada. Mano chegou ao Cruzeiro no começo de setembro, com a missão de afastar a equipe da zona de rebaixamento.
Na ocasião, a Raposa estava na 16ª colocação, a um ponto do Z-4. Três meses depois, o cenário mudou e a torcida passou a viver uma lua de mel com o time e o novo treinador.
Da proximidade do rebaixamento, o Cruzeiro chegou a sonhar com uma vaga na Libertadores. Em 15 partidas, o time teve oito vitórias, empatou seis e perdeu apenas uma, aproveitamento de 66,6%.
Além disso, o Cruzeiro alcançou 13 jogos sem perder no Campeonato Brasileiro, um recorde do clube na Era dos pontos corridos. Porém, contra o Internacional, hoje, às 17h, no Beiro-Rio, em Porto Alegre, o Cruzeiro encerra o ano com o cenário ainda sombrio.
Seduzido pelos milhões de dólares, Mano aceitou o desafio de partir para a China. De mãos atadas e ainda sem treinador, o clube celeste caminha para um ano novo com mais incertezas do que certezas
SEEDORF INDEFINIDO
Entre os possíveis nomes para assumir a vaga de Mano Menezes, o holandês Clarence Seedorf entrou na lista de opções, após o ex-jogador ter se encontrado com o diretor de futebol do clube celeste, Thiago Scuro, na Europa. Segundo a assessoria celeste, nada foi definido.
O novo técnico só deverá ser apresentado após a rescisão de Mano. Entre os nomes cotados está o do auxiliar-técnico Deivid.