(Divulgação/Corinthians)
O Corinthians perdeu um dos pilares da equipe. Aceitou vender o volante Bruno Henrique ao Palermo, da Itália, por R$ 12 milhões. A transferência beneficia o Atlético. De maneira quase imperceptível, um dos melhores volantes do país já defendeu as cores do Galo quando tinha 21 anos. Assim, pelo Regulamento da Fifa, o alvinegro mineiro é um dos clubes formadores do atleta e terá o direito a receber uma "graninha". Mais exatamente, R$ 16.764,00.
O mecanismo de solidariedade da Fifa, de acordo com o artigo 21 do Regulamento de Transferências da entidade, reserva 5% do valor de toda transferência onerosa internacional aos clubes que participaram da formação do atleta envolvido. Por formação, a Fifa determina qualquer equipe que tenha registrado o jogador entre os 12º e 23º aniversários, até mesmo em contratos de empréstimo, como foi com o volante.
No caso do Galo, Bruno Henrique ficou pouco mais de um mês no clube, cedido pelo Iraty, portanto, a porcentagem destinada ao clube mineiro é irrisória: 0,1397% do valor total, de acordo com cálculo da plataforma Rede do Futebol, especializada em identificar créditos relativos ao mecanismo em questão.
A passagem do volante em Belo Horizonte foi relâmpago. Ele chegou ao Atlético em 2010, quando o clube lutava para fugir do rebaixamento no Brasileirão, com Vanderlei Luxemburgo no comando. Naquela temporada, a Federação Paulista de Futebol organizou uma Copa Sub-23, para criar jogos "preliminares" das rodadas do Brasileiro. O Galo aceitou o convite e montou uma equipe que teria o zagueiro Jemerson e foi comandada por Freddy Rincón e, posteriormente, por Rogério Micale. Bruno Cantini/Atlético / N/A
GALO 1X4 CORINTHIANS - Pelo Sub 23: Paulo Vitor, Jheimy, Sidimar, Joedson, Jemerson e Rafael Jataí (em pé); Diego Macedo, Fillipe Soutto, Bruno Henrique, Eron e Diney (agachados). Na Arena do Jacaré
Assim como o atleta do Monaco, Bruno Henrique começou no banco de reservas do time. Havia chegado há pouco do Iraty-PR. Conhecido apenas como "Bruno", o volante fez parte do time que chegou à semifinal e foi eliminado, ironicamente, para o Corinthians. Fez apenas cinco jogos, entre setembro e outubro daquele ano. Retornou ao Iraty, depois passou pelo Londrina antes de chegar à Portuguesa, onde despertou a atenção do Timão.
O Corinthians teria Bruno Henrique só até dezembro. Sabendo que o atleta não renovaria, aceitou negociá-lo. O clube paulista detinha apenas 25% dos direitos econômicos do atleta. Ou seja, ganhou R$ 3 milhões diante de um investimento de R$ 750 mil. O restante dos direitos pertence ao banco BMG, antigo parceiro do Galo.
"Nada disso seria possível sem a ajuda e o apoio de todos que acreditaram em mim ao longo dos anos. Desde o Iraty, onde comecei, passando pelo Atlético-MG, Londrina, Portuguesa, que foi muito importante, e o Corinthians, claro. Joguei quase três anos lá e fui muito feliz. Sou muito grato por tudo o que o clube me ofereceu e só tenho a agradecer", disse o jogador.Reprodução/CBF / N/A
REGISTRO - Em 22 de setembro de 2010, o BID da CBF registrava o empréstimo de Bruno Henrique ao Galo
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