Ele venceu o rodízio de goleiros na Seleção Brasileira e provou não ser apenas mais um “rostinho bonito”. O goleiro Alisson está em alta no time nacional e com a certa dose de paciência pretende transportar o bom momento para a Itália, onde ainda não se firmou no gol da Roma.
O goleiro completará na quarta-feira que vem (às 0h15, de Brasília), diante do Peru, o 15º jogo seguido como titular do Brasil. Fechará o ano da Seleção como o camisa 1 em todos os jogos de 2016.
Com a confiança da comissão técnica comandada por Tite e marcado por uma defesa salvadora contra a Argentina, o jogador quer viver o mesmo no Campeonato Italiano. Na Roma, ele disputou apenas quatro das 17 partidas na temporada 2016/2017, sempre em competições europeias. Na Serie A, o dono da posição é o polonês Wojciech Szczesny.
“Gostaria de estar jogando todos os jogos, estou trabalhando para isso. Mas no pouco que venho jogando (na Roma) estou dando o meu máximo, nos treinamentos também, para que quando eu chegue aqui (na Seleção), a falta de ritmo de jogo não seja um obstáculo, e é algo que não venho sentindo”, afirmou o arqueiro.
EXPERIÊNCIA PRÓPRIA
Para ajudá-lo nesta experiência de ser titular da Seleção e reserva no clube, ninguém melhor que Cláudio Taffarel. O ídolo do Atlético, atualmente como preparador de goleiros da Seleção, passou por isso.
Taffarel foi campeão mundial em 1994 tendo de driblar a reserva do Parma. Era sacrificado pelo técnico da equipe para abrir vaga de estrangeiro a um atleta de linha.
“A gente conversa sobre isso, ele está sempre me falando para ficar tranquilo, fazer o meu trabalho, concentrar nos treinamentos, para suprir essa ausência de jogos maiores. Ele passou por isso, experiência própria, então não tem ninguém melhor para falar para mim do que ele”.
Assim como Alisson, Taffarel saiu do Internacional rumo à Itália, sendo emprestado ao Reggiana antes de ser comprado pelo Galo, em 1995.
PACIÊNCIA, PALAVRA DE ORDEM
Antes de se sagrar campeão europeu em 2003, Dida foi emprestado pelo Milan ao Lugano (Suíça) e ao Milan. Para levantar a Champions League em 2010 pela Inter de Milão, Julio César precisou passar por um período de experiêncio no Chievo.
Os dois desfrutaram de sucesso na Seleção Brasileira, titulares de Copas do Mundo. Alisson quer o mesmo destino, sem, entretanto, precisar passar por empréstimos. Titular em um jogo das fases preliminares da Champions League e em três partidas na Liga Europa, o goleiro brasileiro espera conseguir mais minutos na Roma sem ter que se transferir para outra equipe menor.
"É um objetivo meu estar na Copa do Mundo, disputar o título. Para isso tenho que estar bem no presente, no meu melhor momento. Quero sempre jogar. O pessoal da Roma sabe disso, pelo que a gente conversa com os profissionais de lá, pedem para eu ter paciência. Mas eu quero jogar. Sempre darei meu melhor. Não existe resposta melhor que não seja dentro de campo", explanou o goleiro.