(GIAZI CAVALCANTE/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO)
De todas as eliminações do Atlético na Libertadores, desde que retornou à competição em 2013, a ocorrida nesta quarta-feira (9) diante do Jorge Wilstermann foi a de reação mais agressiva e decepcionada da torcida alvinegra.
Ao ver o árbitro José Argote erguer o braço e tendo o placar do duelo inalterado, os 30 mil alvinegros no Mineirão estouraram de raiva. No setor próximo à Galoucura, "bombas" de grande efeito auditivo foram explodidas no estádio, em sequência. Era o barulho da ira.
Além disso, os atleticanos vaiaram o time na saída de campo. Inclusive, o túnel que protege o local de acesso do vestiário ao gramado foi furado pela raiva dos torcedores, que chutavam o toldo de proteção. Um efeito coletaral após o "eu acredito" ressuscitado na garganta dos alvinegros não surtir o milagroso gol.
Os jogadores do Galo sentiram o desconforto com a eliminação e a reação foi típica: não quiseram atender a imprensa. O jogador Robinho foi um dos poucos que parou para dar justificativa à saída do alvinegro na Libertadores.
Um gesto de extremo contraste naquele momento foi quando o Jorge Wilstermann saiu do campo após comemorar a classificação no sufoco. Os atletas do time boliviano foram aplaudidos, mesmo que de forma contida, por alguns torcedores do Galo.
Chateada com o momento da equipe, a Massa agora só tem uma missão na temporada: apoiar o time para se recuperar o Campeonato Brasileiro, onde está em 15º lugar. O outro torneio no calendário alvinegro (Primeira Liga) é de tão desimportância que passará batido para muitos atleticanos.