VAR 'decide' o Campeonato Mineiro, após uma série de polêmicas e elogios

Thiago Prata
20/04/2019 às 18:31.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:19
 (Rodney Costa/Estadão Conteúdo)

(Rodney Costa/Estadão Conteúdo)

O Campeonato Mineiro terminou com o Cruzeiro como vencedor e a arbitragem como alvo de críticas e polêmicas, mesmo com a utilização do VAR nas partidas das semifinais e da decisão, algo inédito na história da competição. Aliás, o árbitro de vídeo conseguiu desagradar a gregos e troianos – ou melhor, a atleticanos e cruzeirenses, embora esses últimos tenham saído do estádio Independência com menos broncas.

Após toda a polêmica ocorrida na partida de ida da final, com os dois times criticando a atuação do juiz de campo, auxiliares e árbitro de vídeo, o segundo jogo voltou a ter muitas reclamações dos dois lados. E o VAR acabou sendo crucial para o resultado.

Confirmado como dono do apito na finalíssima, no lugar de Jean Pierre Lima (RS), que se lesionou na quarta-feira (17) na decisão do Gauchão, Leandro Bizzio Marinho (SP) foi acionado pelo VAR (comandado por Leandro Pedro Vuaden) para analisar um lance capital, o pênalti de Leonardo Silva, que colocou a mão na bola aos 31 minutos do segundo tempo. O juiz conferiu o lance e assinalou a penalidade, convertida por Fred aos 34 minutos, decretando o empate e o título para a Raposa.

Durante a partida, o juiz distribuiu cartões amarelos ao atleticano Geuvânio e ao cruzeirense Edilson, após receber orientação da sala do VAR. No entanto, a distribuição de amarelos não faz parte das obrigações do árbitro de vídeo.

Há de destacar, porém, que o cartão ao lateral-direito celeste poderia até ter sido vermelho, assim como Ricardo Oliveira no segundo tempo (em lance de interpretação).

Retrospecto

O VAR foi utilizado pela primeira vez na história do Campeonato Mineiro no dia 30 de março, no empate em 0 a 0 entre Boa Esporte e Atlético, em Varginha, pela partida de ida das semifinais. O árbitro de vídeo anulou dois gols do Galo, marcados por Maicon Bolt e Luan, e sacramentou a expulsão do volante alvinegro Zé Welison.

No dia seguinte, no Independência, o VAR entrou em ação no duelo envolvendo América e Cruzeiro, no primeiro jogo da outra semifinal do Estadual. Naquela ocasião, ele não teve tanto trabalho, ao revisar e confirmar os dois primeiros gols da Raposa, marcados por Fred.

Nos confrontos de volta, mais VAR. Em 6 de abril, no Mineirão, o gol de Felipe Azevedo, do América, foi corretamente anulado, na vitória elástica do Cruzeiro por 3 a 0.

E no dia 7, o atleticano Luan também teve um gol invalidado – com razão – em outra goleada, dessa vez aplicada pelo Atlético, por 5 a 0, em cima do Boa. No mesmo embate, foi confirmado, após revisão do árbitro de vídeo, o tento de Vinícius.

Já no primeiro jogo da decisão, o VAR foi pivô de polêmicas. Enquanto o Atlético reclamou de um pênalti não assinalado em cima de Igor Rabello e questionou a expulsão de Adilson, o Cruzeiro contestou outros lances, como o que determinou a anulação de seu terceiro gol, marcado por Fred. A partida terminou com o triunfo celeste por 2 a 1.

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