(Divulgação/Atlético)
O Atlético, dentro de campo, soma mais um fracasso no ano de 2017. Na noite desta quarta-feira, a desimportante Primeira Liga vira outro capítulo da tenebrosa temporada alvinegra. O time perdeu a decisão da Copa da Primeira Liga para o Londrina, no Paraná, na decisão dos pênaltis, após 0 a 0 no tempo normal. Em mais uma atuação fraca, a equipe de Oswaldo de Oliveira errou duas cobranças de pênaltis com Clayton e Rafael Moura.
Assim sendo, o torcedor alvinegro já sabe que terminará 2017 apenas com o título de campeão mineiro, com saídas decepcionantes da Copa Libertadores, da Copa do Brasil e sem chance título no Brasileirão. A única missão que resta é a tal "obrigação" de atingir o atual G7 do Brasileiro.
PRIMEIRO TEMPO
Adotando a mesma tática usada na vitória contra o Atlético-PR, o Atlético apresentou problemas de criação, principalmente, diante do Londrina. Nos primeiros 45 minutos, se observou um time menos compacto, com problemas para defender as laterais, e que não conseguia sair tanto nos contra-ataques.
Na defesa, Felipe Santana foi escalado no lugar do lesionado Leonardo Silva e teve uma participação regular, deu um pequeno susto quando atrasou o recuo para Victor, mas afastou mais o perigo que o colega Gabriel. Alex Silva, no entanto, estava perdido em campo, errando até cobrança de lateral e tomando decisão errada (chutou rasteiro no goleiro) na única boa jogada, de ataque, quando invadiu a área do rival.
O goleiro Victor teve trabalho. Pelo menos três chutes perigosos levou o camisa 1 a sujar o uniforme. Num deles, espalmou forte finalização de Negueba. Também viu os disparos de Artur e Romulo. O Tubarão não conseguia se infiltrar e só arriscava de longe.
Algo que o Galo teve como diferencial. Fred quase aproveitou uma bola sobrada na área, mas nem se jogar no chão adiantou. O camisa 9 bem que poderia ter sido servido por Valdívia, mas o cabeludo preferiu arriscar, mas a bola subiu demais.
Destaque diante do Furacão, Robinho viu a bola queimar nos pés algumas vezes e não brilhou. Mas o destaque negativo do ataque foi mesmo Valdívia, que perdeu bolas bobas no ataque, armando contragolpes para o volante Adilson se sobressair na marcação, com recuperação da posse.
QUEDA GERAL
No segundo tempo, a Primeira Liga provou porque deve ser esquecida do calendário do futebol. O duelo passou a ser pautado em quem errava menos. E foi bastante acirrado. Poucos ataques proveitosos fizeram o jogo se arrastar.
O Atlético teve uma boa oportunidade no começo da etapa complementar, com Cazares recebendo bola livre na entrada da área, mas chutou longe. As tentativas de cruzamento e infiltração eram tiradas com facilidade.
Se o Londrina só chegava com perigo nos pés de Artur, o Galo via Fred se afundar no péssimo momento individual. Mas quem ficou apagado mesmo foi Valdívia, retirado de campo para Clayton entrar. Só que Oswaldo poderia ter escolhido qualquer jogar da linha de frente para tirar, pois os quatro estavam em baixa.
A defesa do Atlético também não apresentava segurança. As poucas tentativas do Londrina fizeram Gabriel se atrapalhar em alguns momentos, com Adilson sobrecarregado na marcação. Porém, o Tubarão insistia apenas em chutes longos.
Oswaldo logo queimou as alterações com Rafael Moura e Marlone. A sensação era de quem o Atlético só acharia o gol numa jogada espírita, pois na reta final do jogo, nada se criou. E quando alguma alternativa surgia, a bola era mandada direto para São Jorge. Como foi a tabela de Marlone com Clayton, quando o camisa 92 isolou o chute.
Neste momento, o Atlético jogava com Alex Silva machucado. Suspeita de fratura no cotovelo direito ao cair de mal jeito numa jogada aérea. Ele só não saiu da partida pois o Galo já havia feito todas as alterações.
Nenhuma grande emoção no jogo, que teve pouquíssimas chances de gol para os dois lados. 0 a 0 no placar, decidido nos pênaltis, sem prorrogação. Os jogadores do Londrina tiveram 100% de eficiência na cal, enquanto o Galo teve 50%, com erros de Clayton e Rafael Moura, em duas defesas do herói César.
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Londrina 0(4)x(2)0 Atlético
Londrina: César, Lucas Ramon, Edson Silva, Dirceu e Ayrton; Romulo (Marcinho), Jumar, Jardel e Negueba; Artur e Carlos Henrique (Safira). Técnico: Claudio Tencate
Atlético: Victor, Alex Silva, Felipe Santana, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Elias, Cazares (Marlone) e Valdívia (Clayton); Robinho e Fred (Rafael Moura). Técnico: Oswaldo de Oliveira
Pênaltis do Londrina: Jumar (V), Edson Silva (V), Ayrton (V), Dirceu (V)
Pênaltis do Atlético: Fábio Santos (V), Robinho (V), Clayton (X), Rafael Moura (X)
Arbitragem: Braulio da Silva Machado, auxiliado por Carlos Berckenbrok e Rafael da Silva Alves
Cartões amarelos: Ayrton, Negueba e Jardel (LON); Adilson (CAM)
Cartões vermelhos:
Público: 17.013 presentes
Renda: R$ 383.920,00