O segundo dia de testes da pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein deixou a Red Bull aliviada. Depois de não conseguir andar em Jerez de La Frontera e de ter novamente problemas no carro na estreia da primeira bateria, o tetracampeão Sebastian Vettel deu 59 voltas nesta quarta-feira, fez o sétimo melhor tempo (1min40s340) e mesmo ainda insatisfeito, o alemão se consolou porque finalmente o carro demonstrou evolução.
No dia anterior o clima era de desânimo na escuderia austríaca. O RB10 repetiu os problemas de superaquecimento de motor que tanto atrapalharam em Jerez e impossibilitaram a dupla de pilotos a andar mais do cinco voltas consecutivas. Os mecânicos passaram a noite trabalhando em acertos. "Estamos aprendendo a cada volta, mesmo que a qualidade do nosso tempo não seja a melhor. Pelo menos o mais importante é conseguimos rodar", disse Vettel ao fim do treino.
Na sexta-feira o cockpit da Red Bull será ocupado pelo australiano Daniel Ricciardo, novato na equipe. A expectativa é para que ele encontre um carro mais preparado para dar aos engenheiros mais informações do rendimento. "Demos mais voltas e isso nos anima. É bom para checar o carro e se ele é confiável, mas obviamente ainda temos muito a fazer. Pelo menos conseguimos ter uma primeira ideia de como é o carro", comentou Vettel, que fez um tempo cerca de seis segundos mais lento do que o dinamarquês Kevin Magnussen, da McLaren, que conseguiu cravar 1m34s910.
Para o engenheiro de corrida da Red Bull, Andy Damerum, o principal legado deste segundo dia de bateria de testes no Bahrein foi que a equipe conseguiu pela primeira vez coletar dados do rendimento do RB10 na pista. "O Vettel notou que demos um grande passo adiante, então foi um treino muito animador. Os tempos claramente são irrelevante, porque estamos somente focados na confiabilidade do carro no momento", explicou.
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