Vice da CBF é envolvido em suspeita de adulteração de contrato

Estadão Conteúdo
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01/11/2016 às 13:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:28
 (Divulgação)

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O empréstimo de um jogador do Santa Rita, da primeira divisão de Alagoas, para um clube da Arábia Saudita, por cerca de R$ 400 mil, pode colocar na berlinda o vice-presidente da CBF Gustavo Feijó, prefeito da cidade de Boca da Mata (AL), onde fica o Santa Rita. O irmão dele, João Feijó, é o presidente do clube.

Reportagem do SporTV exibida nesta terça-feira (1) conta que a Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a transferência de Bismark de Araújo Ferreira, que passou do Palmácia, da terceira divisão do Ceará, para o Najran, da Arábia Saudita, utilizando o Santa Rita como ponte.

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"A investigação indica que há uma ausência de clareza nas regras de negociação de jogadores. Se for verificado que essas informações foram, de forma dolosa, inseridas e que não comprovavam a realidade dos fatos, eles vão responder por falsidade ideológica e associação criminosa", afirmou, ao SporTV, o delegado Ricardo Barbosa, que cuida do caso.

Bismark se destacou jogando pelo ABC na Série B do ano passado, mas tinha contrato com o Palmácia até 2018. De acordo com o advogado do clube do interior do Ceará, o Santa Rita enviou uma proposta diretamente ao atleta.

Alegando que não recebia salários, Bismark conseguiu a rescisão judicial na Justiça no dia 14 de janeiro. Quatro dias depois, em 18 de janeiro, o Boletim Informativo Diário (BID), da CBF, publicava o contrato dele com o Santa Rita, com validade de quatro anos.

Só que, antes disso, no dia 16 de janeiro, o sistema de transferências da Fifa já registrava o empréstimo de Bismark do Santa Rita para o Najran, por US$ 120 mil. "Ou seja, o contrato com o Santa Rita é publicado no dia 18 de janeiro. O jogador é emprestado no dia 16 de janeiro. Não existe, alguma coisa está errada. Você não pode emprestar o que você não tem", reclama Flávio Guilherme, advogado do Santa Rita.

Gustavo Feijó, vice da CBF, nega irregularidades. "Eu jamais usei qualquer tráfico de influência". O diretor de registros e transferências da CBF, Reynaldo Buzzoni, já depôs na Polícia Civil. Na saída do depoimento, se recusou a atender à reportagem do SporTV.
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