A violenta briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco, ainda no começo da partida deste domingo, na Arena Joinville, em Joinville (SC), pela última rodada do Brasileirão, deixou os integrantes dos dois times chocados. A partida foi interrompida por causa da violência nas arquibancadas, que fez com que três pessoas fossem encaminhadas para um hospital da cidade.
"As cenas que vi na arquibancada nunca havia visto antes no futebol", disse o técnico do Atlético-PR, Vágner Mancini. "Em 20 anos de carreira, nunca vi nada assim", concordou o zagueiro do time paranaense, Luiz Alberto, que chegou a chorar ao ver a briga entre os torcedores.
"É triste e lamentável. Às vésperas da Copa do Mundo, você vê cenas como essas, com torcedores sendo agredidos e se agredindo. Estou chocado. Houve muita confusão. Isso não é esporte", disse o técnico do Vasco, Adilson Batista.
A partida foi paralisada aos 19 minutos do primeiro tempo, quando o Atlético-PR vencia por 1 a 0. Um helicóptero da polícia chegou a descer no gramado para socorrer um dos feridos. Segundo as informações iniciais, três torcedores teriam sido levados para um hospital de Joinville, sendo que estariam todos em estado grave.
Havia apenas um pequeno grupo de seguranças particulares cuidando da separação das duas torcidas, sem a presença da PM dentro do estádio. Depois, quando a briga começou, a polícia resolveu intervir e conseguiu controlar a confusão na Arena Joinville, montando um cordão de isolamento entre atleticanos e vascaínos.
Segundo o sargento Adilson Moreira, da PM, há um entendimento do Ministério Público de Santa Catarina de que, por se tratar de um evento privado, a segurança deve ser feita por uma empresa particular. "Há uma determinação do Ministério Público e nesse caso, por ser um evento privado, cuidamos apenas da parte externa", comentou ele.
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