Vítima do 'enfaixado Sorín' e carrasco recente em mata-matas: Cruzeiro reencontra Atlético-PR

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
20/04/2018 às 16:51.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:27
 (Washington Alves/Vipcomm)

(Washington Alves/Vipcomm)

O sorteio das oitavas de final da Copa do Brasil nesta sexta-feira (20) na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) colocou frente a frente na competição, mais uma vez, Cruzeiro e Atlético-PR (veja os duelos abaixo). Mineiros e paranaenses já decidiram em um passado recente, além da própria Copa do Brasil, vagas em competições cujo sistema adotado era o de mata-mata.

Pela Copa do Brasil foram três encontros, nas edições de 1999, 2000 e 2012, com o Furacão levando a melhor sobre a Raposa duas vezes (1999 e 2012). Além disso os clubes também duelaram por outras competições eliminatórias, como na final da Copa Sul-Minas, que acabou dando o título ao Cruzeiro, com direito a gol do argentino Sorín de cabeça enfaixada, e em um torneio de tiro curtíssimo que dava vaga na Copa Libertadores: A Seletiva de 1999.

Confrontos

Em 1999 o time celeste foi eliminado pelo rubro-negro paranaense após dois empates, 0 a 0 no Couto Pereira e 3 a 3 no Mineirão. Nesse ano a Raposa tinha em seu elenco o atacante Alex Alves “Capoeira” – falecido em 2012. Mesmo com o faro de gol apurado e dois gols marcados no jogo de Belo Horizonte, o centroavante baiano não conseguiu fazer com que o Cruzeiro passasse para as oitavas de final.

Um ano depois a história foi diferente. Na temporada em que conquistou o seu terceiro título da Copa do Brasil (em final contra o São Paulo), o Cruzeiro deixou o Atlético-PR para trás nas oitavas de final, coincidentemente na mesma fase em que os rivais duelarão na atual edição do mata-mata.

No primeiro jogo a Raposa venceu o Furacão por 2 a 1 no Mineirão. Na partida de volta houve empate em 2 a 2 na Arena da Baixada. Oséas, ex-jogador do Atlético-PR e à época no Cruzeiro, marcou dois gols e mostrou como a “lei do ex” impera no futebol. Gilson Batata também marcou duas vezes, mas o empate acabou eliminando os paranaenses.

Em 2012 o Atlético-PR não só eliminou o Cruzeiro da Copa do Brasil, como também ajudou na demissão do técnico Vagner Mancini, que comandava a equipe estrelada naquele ano. No jogo de ida, em Curitiba, o Furacão venceu por 1 a 0, gol de Edigar Junio. Na volta nova vitória dos paranaenses, também com “lei do ex”. O equatoriano Guerrón, que defendeu o Cruzeiro entre 2009 e 2010, marcou um dos gols. O uruguaio Martin Liguera fez o segundo, com Wellington Paulista descontando para os mineiros.

Logo após esse jogo o presidente Gilvan de Pinho Tavares, então mandatário do Cruzeiro, demitiu Vagner Mancini, o técnico que no ano anterior havia livrado a Raposa do rebaixamento, e colaborado para o descenso do Atlético-PR com a goleada de 6 a 1 do time cinco estrelas sobre o maior rival Atlético.

Outros mata-matas

Cruzeiro e Atlético-PR decidiram títulos ou vagas importantes em torneios mata-mata. Em 1999 além da Copa do Brasil o Furacão levou a melhor também na Seletiva para a Libertadores, um torneio organizado pela Confederação Brasileira de Futebol à época para definir a quarta vaga do Brasil na Copa Libertadores da América.

Naquela ocasião o time paranaense venceu por 3 a 0 na Arena da Baixada e perdeu por 2 a 1 no Mineirão, garantindo vaga na competição continental.

O troco da Raposa veio na Copa Sul-Minas de 2002 com duplo 2 a 1 e o título da competição, com direito a gol do argentino Sorín, que diante de 70 mil torcedores e lesionado, com a cabeça enfaixada, marcou o tento que sacramentou o título estrelado.

Era a despedida do lateral-esquerdo, vendido para a Lazio da Itália por R$ 22 milhões em 2002.

Veja o vídeo da matéria do programa Globo Esporte sobre o título do Cruzeiro na Copa Sul-Minas de 2002

  SORTEIO DAS OITAVAS DE FINAL 2018

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