Os recentes casos de doping envolvendo atletas jamaicanos despertou o interesse da Wada (Agência Mundial Antidoping), que promete intensificar, mas próximas semanas, a investigação sobre os acontecimentos. A decisão foi tomada logo depois que o ex-diretor executivo da Comissão Antidoping da Jamaica (Jadco), Renne Anne Shirley, afirmou que o país teria passado por problemas nos meses que antecederam os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Diante do posicionamento da Wada, o primeiro-ministro do país caribenho, Portia Simpson-Miller, já abriu as portas para uma visita da Agência Mundial, que, nesta segunda-feira, admitiu já ter aceitado o convite para uma inspeção mais aprofundada no funcionamento da Comissão Antidoping. “A Jamaica é prioridade. Eles estão no nosso radar. Houve um período de cinco a seis meses, durante a parte inicial de 2012, em que não havia nenhuma operação eficaz”, disse o diretor geral da Agência Mundial Antidoping, David Howman. As dúvidas sobre a delegação jamaicana começaram a ser levantadas no mês de julho deste ano, quando cinco atletas jamaicanos foram flagrados em exames antidoping. O velocista Asafa Powell, ex-recordista mundial dos 100m, e Shenone Simpson, medalha de prata no revezamento 4x100m nos Jogos Olímpicos de Londres, testaram positivo. O principal nome do atletismo mundial, no entanto, estaria salvo de qualquer suspeita, de acordo com a Federação Internacional. O jamaicano Usain Bolt teria sido testado mais de 12 vezes em 2012, sem ser flagrado em nenhum exame antidoping.