(Marcello Zambrana/Lightpress)
Como uma gangorra, assim podemos definir o desempenho do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro. Após vencer o Atlético-GO e se recuperar na tabela de classificação, a Raposa voltou a tropeçar na competição, dessa vez para o Corinthians, líder do Nacional. Em São Paulo, nesta quarta-feira (14), a equipe celeste perdeu por 1 a 0 e deixa o G-6, zona de classificação à Libertadores da América. O gol corintiano foi marcado por Balbuena, que não balançava as redes a mais de um ano.
O tento da equipe paulista manteve uma sina celeste na Arena Corinthians. Desde que o estádio foi inaugurado o Cruzeiro não venceu na casa do Timão.
O próximo compromisso da Raposa é contra o Grêmio, outra equipe que se encontra na parte de cima da tabela de classificação. A partida acontecerá na próxima segunda-feira (19), no Mineirão.
O Jogo
E não era qualquer adversário que o Cruzeiro enfrentava. O Corinthians, líder do Brasileirão, colocava à prova invencibilidade de 19 jogos na temporada, número muito expressivo de um time bem equilibrado técnica e taticamente. E que antes dos 30 minutos da etapa inicial já contabilizava 62% de posse de bola (contra 38% dos mineiros).
Apesar do volume corintiano o jogo seguia equilibrado, e o esquema tático definido por Mano Menezes dificultava as ações ofensivas do mandante. O time paulista tinha dificuldades para ultrapassar o forte esquema defensivo celeste e foi preciso a conhecida receita da “bola parada” para que o Timão “quebrasse o ferrolho” estrelado.
Aos 42 minutos, o meia Jadson cobrou escanteio pela esquerda, o zagueiro Balbuena subiu mais alto que os defensores do Cruzeiro e abriu o placar: Corinthians 1 a 0. Um gol recheado de curiosidade, e de azar em dobro da equipe mineira.
Além de levar gol de um zagueiro, que costumeiramente não tem muito esse cacoete de balançar as redes, o Cruzeiro ainda viu o autor do tento corintiano quebrar um tabu gigantesco. Balbuena estava há 15 meses (um ano e três meses) na seca. Após 59 jogos o beque paraguaio desencantou. A última vez em que ele havia “guardado a bola na casinha” havia sido em 30 de março do ano passado.
A” bola foi bem cobrada (pelo Jadson) e o Balbuena se soltou da marcação. A gente está jogando bem, precisamos acertar os contra-ataques para empatar a partida.", comentou o zagueiro Léo na saída para o intervalo.
Já o capitão Henrique, que voltou ao time após cumprir suspensão automática contra o Atlético-GO, a falha de marcação defensiva foi crucial para o gol do Corinthians.
“Deixamos o jogador (Balbuena) livre e não podemos cometer esses vacilos nesses jogos grandes. Agora é corrigir, voltar melhor. A gente até se comportou bem”, ressaltou o volante.
No segundo tempo o desempenho cruzeirense até melhorou, mas faltou efetividade à equipe estrelada. O argentino Ramón Ábila, heroi na vitória diante do Atlético-GO na semana passada, agiu como vilão nesta quarta. O atacante perdeu um gol incrível em um lance que poderia ao menos dar um ponto para o Cruzeiro fora de casa.
Aos seis minutos do segundo tempo, Ábila, sozinho e de frente para o goleiro Cássio, chutou por cima da meta corintiana para o desespero do torcedor cinco estrelas.
Ábila foi o vilão em outro lance. Aos 41 minutos o atacante até balançou as redes, mas foi flagrado em posição irregular, o que fez o árbitro Leandro Pedro Vuaden a invalidar o lance.
O próprio Argentino sofreu pênalti no segundo tempo, mas a arbitragem ignorou o lance. O atacante teve sua camisa puxada por trás dentro da área, mas Pedro Vuaden mandou o lance seguir, fato que deixou o avante extremamente irritado.
CORINTHIANS 1 X 0 CRUZEIRO
Motivo: 7ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena Corinthians, em São Paulo
Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Auxiliares: José Eduardo Calza (RS) e Maurício Coelho Silva Penna (RS)
Gols: Balbuena, aos 42 minutos do primeiro tempo
Cartão Amarelo: Henrique (CRU)
Cartão Vermelho: Não houve
Público: 30.465
Renda: R$ 1.4462.205,40
CORINTHIANS
Cássio; Paulo Roberto, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Marquinhos Gabriel (Clayson), Jadson (Giovanni Augusto); Angel Romero (Camacho), Jô. Técnico: Fábio Carille
CRUZEIRO
Fábio; Ezequiel, Leo, Murilo e D.Barbosa; Lucas Romero, Henrique (Alisson), Ariel Cabral, Rafinha (Rafael Sóbis) e Thiago Neves; Ramón Ábila. Técnico: Mano Menezes.