As concessionárias andam disputando, a tapa, o consumidor que tem R$ 45 mil para comprar seu zero-quilômetro. Hoje, esta é uma das faixas mais disputadas do mercado nacional e, ao lado de boas opções, figuram verdadeiros fantasmas que vão assombrar o incauto cliente enquanto ele não quebrar o feitiço.
Para quem não quer ver a bruxa solta dentro da sua própria garagem, o Peugeot 208 é um modelo a ser levado em conta. Por R$ 46 mil, a versão Allure 1.5 surge como uma grata surpresa para quem busca um compacto com pinta de médio de luxo.
Moderno
O 208 foi projetado para se tornar o líder do segmento, na Europa, onde o New Fiesta reina soberano. O carrinho tem projeto moderno, com excelente posição de dirigir, ótima visibilidade e uma ergonomia ímpar – tudo está bem perto das mãos e dos olhos.
O único ponto negativo, neste quesito, é o navegador por satélite (GPS), que não tem modo de iluminação noturna. Sem esse recurso, o brilho da tela ofusca a visão à noite.
A dirigibilidade do leãozinho é excelente. Seu conjunto de suspensão mantém o acerto mais firme, mas encara a buraqueira sem comprometer o conforto. A direção, com respostas bem diretas, colabora para um ótimo controle direcional.
Outro destaque vai para o motor bicombustível 1.5 litro de 93 cv, que rende bem e gasta pouco. A unidade tem força de sobra para a cidade e não decepciona na estrada.
Estrelas
Mas o grande barato do novo 208 é teto solar panorâmico. À noite, o passeio ganha mais romantismo sob a luz das estrelas – no mês dos namorados, nada melhor do que uma voltinha com a lua como testemunha.
Bom, o Peugeot 208 é uma prova de que, aos poucos, o mercado brasileiro vem se qualificando. Infelizmente, essa qualificação é impulsionada pela chegada de novas marcas, que vêm obrigando as decanas a se desdobrar para garantir suas fatias do bolo.
Agora, só falta o consumidor assumir uma postura mais crítica e exigir preços mais condizentes com nosso poder aquisitivo.