Está endividado? 20 dicas para sair do vermelho

Em um país com mais de 13 milhões de desempregados e passando por uma crise econômica que afeta o bolso de todo mundo, a hora é de buscar soluções para reorganizar o orçamento financeiro, pagar o que deve e sair do vermelho. O Hoje em Dia ouviu especialistas para saber como colocar o seu bolso no azul. 

Coordenador do curso de Economia da faculdade Ibmec, Márcio Salvato tem duas recomendações básicas. “Resolver a sua casa, entender o seu padrão de consumo, lembrar que você tem uma dívida e que tem que sobrar dinheiro. Outro caminho é mudar o perfil da dívida, alongá-la, renegociar com juros menores, trocar o tipo de financiamento”, sugere. 

Segundo o professor, se a pessoa está endividada é um claro sinal de que ela tem problemas de maior despesa do que receita. “Então, o primeiro passo é colocar no papel sua planilha de gastos. Vai te ajudar a entender o seu padrão de consumo com alimentação, gastos com bens mais supérfluos, saídas para restaurantes, o que consome como um todo. Então, entender o que pode cortar imediatamente”, orienta. “Se não consumir menos, não vai conseguir sair da situação que entrou”, reforça.

Outra dica é conseguir desconto da dívida e antecipar o pagamento. “Se a pessoa conseguir um bom desconto, ela pode fazer um empréstimo com taxa de juro menor para pagar outra dívida com um prazo maior”, orienta.

O coordenador do curso de Administração do Ibmec, Eduardo Coutinho, lembra que pessoas que ganham salário têm receita com valor fixo. Para quem tem atividade empresarial, a renda oscila e não há um controle total da receita. “Mas, sobre os gastos, todos têm controle integral. Ninguém te obriga a comprar nada. Você compra porque quer”, alerta.

Há gastos que podem ser cortados, outros não, disse Eduardo. “Você deve controlar o lazer fora de casa, a aquisição de vestuários. No supermercado, trocar produtos pelos mais baratos. Há vários mecanismos de redução de gastos”, afirma. Preparar suas próprias refeições pode ser uma saída, completa. 
Outros itens são difíceis de cortar, segundo ele, como plano de saúde. “Mas, se for necessário, a pessoa deve recorrer ao atendimento público”, completa.

Na hora de comprar remédios, sugere optar pelos genéricos, que são mais baratos e têm o mesmo efeito. “Tudo que você puder reduzir, você reduz, desde que não haja prejuízo à sua saúde”, completa o professor.
Especialistas também recomendam mudança no estilo de vida, como reduzir gastos com lazer, salão de beleza, academia, compras em shopping. Na hora de colocar as contas no papel, arredondar as despesas sempre para cima e a renda para baixo. 

Devem, ainda, pagar as contas em dia, para evitar juros, e escolher uma data de vencimento depois do pagamento do salário. Assim, saberá a quantia que resta para terminar o mês. 
Outra dica é ir às compras com estômago cheio. A sensação de fome pode te levar a encher a cesta com produtos tentadores.