Estados Unidos pede que Otan eleve ajuda a rebeldes sírios

Agência Estado
23/04/2013 às 11:15.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:04

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pediu nesta terça-feira (23) que os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) elevam a ajuda para a oposição síria como uma forma de pressionar o regime do presidente Bashar Assad a aceitar uma transição política.

Em sua primeira reunião na Otan como diplomata norte-americano, Kerry disse que o governo Obama está "analisando cada opção que possa encerrar a violência e conduzir a uma transição política". De acordo com Kerry, é preciso formular os planos agora para assegurar que não haja vácuo de poder quando o novo governo assumir.

Ele declarou que o aumento da ajuda à Coalizão Nacional Síria e a seu comando militar, o Conselho Militar Supremo, é extremamente importante. "Eu quero pedir a todos os seus governos que elevem o auxílio material e político à coalizão e ao o conselho militar, que compartilha nossa visão sobre o futuro da Síria, e assegurar que toda a assistência seja dirigida para eles", declarou Kerry aos ministros de Relações Exteriores dos membros da Otan.

No domingo, Kerry anunciou que os Estados Unidos dobrariam sua assistência não letal à oposição síria, que poderia incluir materiais de defesa militar pela primeira vez.

Muitos dos 28 países-membros da Otan também pertencem à União Europeia (UE), que na segunda-feira levantou o embargo ao petróleo sírio para fornecer mais apoio econômico aos rebeldes e agora estuda aliviar o embargo de armas ao país para permitir a transferência de armas para os que lutam contra o regime de Assad.

Os Estados Unidos não estão fornecendo armas e munições para os rebeldes, mas não se opõem que outros o façam, contanto que os destinatários sejam totalmente controlados e os suprimentos sejam canalizados por meio do conselho militar.

Armas químicas

Um general israelense disse nesta terça-feira que seu país acredita que o regime de Assad usou armas químicas no conflito. Reino Unido e França fizeram a mesma afirmação, embora autoridades norte-americanas tenham declarado que as evidências recebidas até agora sejam inconclusivas.

O presidente Barack Obama declarou que o uso de tais armas representaria uma "mudança no jogo" e destacou que poderia levar a uma intervenção, embora não tenha deixado claro o que isso significaria. As informações são da Associated Press.
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