Estiagem prolongada preocupa representantes ruralistas de Moc

Jornal O Norte
07/10/2010 às 11:11.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:40

Janaína Gonçalves


Repórter

Criação de novas barragens,  perfuração de poços artesianos,  perenizarão dos rios. Estas são umas das medidas preventivas a serem trabalhadas para que o período da seca, não traga mais  prejuízos e custos aos produtores rurais e pecuaristas do Norte de Minas.

O produtor rural vive parte do ano, na luta para combater as  perdas de peso do gado e a deterioração dos pastos,  por conta do período de estiagem que castiga quase a totalidade do território nacional.

Para ter os efeitos da seca amenizados, o pecuarista deve ter uma noção da capacidade de produção de forragem dos pastos. Uma vez, que temos no Norte de Minas uma base territorial só de  produtores rurais, que chega  em torno de 50 mil.

Conforme o presidente do sindicato rural de Montes Claros, Ricardo Laugthon, que atende a nove municípios, não tem como fugir da estiagem. - O que se percebe é que a cada ano se agrava mais o tempo da seca na região, uma das características é a falta de chuvas a sete meses.

Um dos agravantes citado pelo presidente é falta de milho. -  O sindicato está trabalhando para reverter esta situação. Além disso, Laugthon lamenta a falta de água em algumas propriedades rurais. - É  preciso trabalhar com medidas emergenciais para que o impacto não venha prejudicar mais animais, pecuaristas e produtores, avalia.

Para ele o que seria mais viável, -  um investimento na engenharia genética, através da Epamig- Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais, com a criação de uma gramínea que resista ao tipo de clima norte mineiro, isso amenizariam os impactos da seca, acredita.

Ele explica, ainda, que o fornecimento de suplementos que contenham alto teor de proteína (em torno de 30% de proteína bruta), preferivelmente na forma de proteína verdadeira, e minerais, possibilita esta melhoria nutricional.

Quem reforça estas medidas preventivas é o presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, Alexandre Vianna. Para ele, falar de estiagem já irou um rotina, todos os anos se repete  os prejuízos, por ser aqui parte do polígono da seca, mas salienta que; - a criação de novas barragens, bem como já é possível ver em Berizal, Congonha e no rio verde, tem contribuído para diminuir  os estragos. Mais ainda falta  investimento em perfuração de poços artesianos e maior apoio do governo federal, frisa. E ainda enfatiza/:-  Há mitos recursos  e pouca ação.

O período da estiagem começa em março e só finaliza em outubro de cada ano. O representante do secretário de agricultura de Montes Claros, Reinaldo Rabelo, avalia que  a secretaria de agropecuária do município já aprovou o decreto de situação de emergência para o Norte de Minas. - Já estão sendo disponibilizados carros pipas, cisternas para atender a demanda da região, diz.

Ele explica que, hoje  na região de atuação há 250 poços tubulares, mas 50% deles estão com o volume de água diminuído. - Além disso, a preocupação se estende para  plantio de sementes, e para os animais.  Fazemos um apelo com o governo federal para que o recurso da venda de milho de balcão volte a beneficiar a região do norte de minas, que até o momento encontra-se cortado, o que dificulta  toda a região.

- É necessário que os produtores estejam atentos sobre quais os suplementos a serem utilizados em cada região, para que o investimento no setor agropecuário traga benefícios e investimentos para os produtores - finaliza.

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