RIO DE JANEIRO- Os estudantes da USP (Universidade Estadual de São Paulo) São Carlos (232 km de São Paulo) deflagraram greve, após uma assembleia que reuniu cerca de 1.500 alunos na noite de terça-feira (22).
Eles também decidiram manter a ocupação do prédio da prefeitura do campus, que acontece desde quinta-feira (17).
Nesta quarta-feira (23), os estudantes fizeram piquetes para impedir a realização das aulas e trancaram dentro da garagem da universidade os ônibus que realizam o transporte entre os dois campi no município.
Segundo Felipe Magnus Carvalho Schmidt, 21 anos, diretor do Caaso (Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira), a intenção do grupo é pressionar a direção da universidade a dialogar com os alunos sobre as suas reivindicações.
Os alunos apoiam o movimento iniciado em São Paulo que pede eleições diretas para a escolha do reitor da instituição.
Eles também reivindicam a regularização de um espaço destinado ao Caaso, a não terceirização do transporte entre os dois campi da universidade, manutenção de uma unidade de saúde dentro do campus e a autorização judicial para eventos nas dependências da instituição -hoje, proibida por uma liminar.
Schmidt informou que os estudantes devem realizar novos piquetes e manifestações de rua nos próximos dias.
Procurada, a USP não se manifestou até as 13h30 sobre a decisão de greve e as ações dos estudantes. A assessoria da universidade informou que o pedido de reintegração de posse ainda não foi avaliado pela Justiça.