Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG indicou que a economia brasileira seria impactada positivamente se o auxílio emergencial de R$ 600 fosse estendido até o mês de dezembro. O governo federal planejou o pagamento por três meses.
Os cálculos da pesquisa mostram que a prorrogação do benefício por dois trimestres teria impacto econômico cerca de cinco vezes maior que o projetado para o cenário de um trimestre.
“Em geral, as considerações sobre o benefício limitam-se a computar o custo bruto desse pagamento, mas o correto é pensar no custo líquido, descontando da despesa o aumento da receita de impostos, sem falar em impactos de outras naturezas”, afirma a professora Débora Freire, uma das autoras do estudo.
De acordo com o levantamento, o efeito positivo da prorrogação do benefício até dezembro sobre o Produto Interno Bruto (PIB) seria de 0,55% – mais 0,31% de impacto permanente até 2021 –, frente 0,44% no caso de a política se encerrar em junho.
O estudo também mostrou que, se for pago por mais tempo, o benefício poderia ter efeitos mais consistentes, já que o setor produtivo teria mais tempo para se ajustar às novas demandas.