BRASÍLIA – Os Estados Unidos admitiram nesta sexta-feira (5) que o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte não seria uma surpresa, avisando o regime norte-coreano que "novas provocações seriam lamentáveis”. "Sabemos que a Coreia do Norte pode estar preparando o lançamento de um míssil e estamos acompanhando a situação de perto", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Carney disse que o regime norte-coreano lançou mísseis em outras ocasiões e uma nova atitude do gênero estaria de acordo com "o atual padrão de ações e retórica bélica e não construtiva" do país asiático. Hoje foi noticiado que a Coreia do Norte instalou um segundo míssil de médio alcance perto da sua costa leste.
“Testes com mísseis que não façam parte de compromissos internacionais são uma provocação. A Coreia do Norte precisa seguir as normas internacionais e respeitar as suas obrigações”, disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Defesa (Pentágono), George E. Little. Várias resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) requerem que a Coreia do Norte se abstenha de quaisquer atividades nucleares e mísseis balísticos.
O Pentágono disse que irá instalar interceptores de mísseis nas bases dos Estados Unidos em Guam, território norte-americano a cerca de 3.380 quilômetros a sul da Coreia do Norte, onde vivem 6 mil militares americanos.
As tensões na península coreana aumentaram desde dezembro, quando a Coreia do Norte testou o lançamento de foguetes de longo alcance. Em fevereiro, o país fez seu terceiro teste nuclear, atraindo a imposição de novas sanções da ONU.
Little defendeu a aliança do atual exercício militar da Coreia do Sul com os Estados Unidos, o que enfureceu a Coreia do Norte e disse que os Estados Unidos têm sido responsáveis e prudentes na forma como têm conduzido as ações militares que estarão em execução até 30 de abril.