Os Estados Unidos bombardearam um complexo do grupo rebelde Ahrar al-Sham na Síria, em um indicativo de que podem estar ampliando os alvos de ataques da coalizão de aliados no país. Segundo informam ativistas nesta quinta-feira, a construção foi destruída na cidade de Babsalqa e pertencia aos militantes que enfrentam o grupo Estado Islâmico, assim como os norte-americanos, e o governo do presidente Bashar Assad.
Segundo ativistas consultados pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, o bombardeio integra uma série de ações realizadas ao longo da fronteira com a Turquia. Ataques também ocorreram em posições da Frente Nusra, um braço da Al-Qaeda no país que combate o Estado Islâmico, nas cidades de Sarmada e Harém. Nesta última, a coalizão aliada teria matado ao menos duas crianças.
Os rebeldes sírios questionam a campanha aérea realizada contra os extremistas do Estado Islâmico, alegando que os países ocidentais têm ajudado indiretamente as forças do governo. Os militantes também criticam a disposição dos Estados Unidos em atacarem outros grupos islâmicos que consideram seus aliados, enquanto se recusam a atacar as tropas de Assad.
Os Estados Unidos não foram encontrados imediatamente pela Associated Press para comentar os ataques, mas já haviam se posicionado contra à permanência de Assad no poder embora se recusem a atacá-lo.
Os membros da Ahrar al-Sham integram a Frente Islâmica, uma aliança de sete grupos rebeldes ultraconservadores que surgiu em novembro do ano passado. O objetivo da união é a criação de um Estado islâmico na Síria, regido pela lei da Sharia. O grupo Ahrar al-Sham também tem relação com a Frente Nusra. Fonte: Associated Press.
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