Os Estados Unidos fecharam a embaixada na capital do Iêmen ao público, anunciou nesta segunda-feira (26) o Departamento de Estado. Em nota publicada nesta segunda, o departamento afirmou que o prédio estará fechado até "segunda ordem, por motivos de precaução". Sanaa, que na semana passada viu grande confrontação entre forças leais ao então presidente Abed Rabbo Masour Hadi e rebeldes do grupo Houthis, ainda ferve com protestos e confrontos esporádicos.
O anúncio aconteceu logo após um drone norte-americano realizar uma ataque aéreo que matou três membros da Al-Qaeda no país. Este é o primeiro ataque aéreo norte-americano realizado no Iêmen desde que Hadi renunciou.
A perspectiva de um Iêmen sem lideranças fez crescer em Washington temores de que o esforço de combate à Al-Qaeda na Península Arábica, ramo iemenita do grupo que assumiu a autoria dos atentados contra a revista francesa Charlie Hebdo, seja prejudicada. No final de semana, o presidente Barack Obama defendeu sua estratégia contra o terrorismo no Iêmen, argumentando que "é a melhor opção que temos". Ele descartou enviar tropas ao país.
O Houthis, grupo rebelde que forçou a renúncia de Hadi na semana passada, também são inimigos da Al-Qaeda. No entanto, sua ofensiva contra os terroristas pode transformar o conflito no Iêmen em uma disputa sectária. O Houthis fazem parte da minoria xiita que segue o Zaydi, cerca de um terço da população iemenita. A maior parte do país é sunita.
Fonte: Associated Press.
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