EUA lançam 'mãe de todas as bombas' pela primeira vez

Estadão Conteúdo
13/04/2017 às 15:09.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:07

Os Estados Unidos lançaram a maior bomba não nuclear do mundo no leste do Afeganistão nesta quinta-feira (13). Segundo a rede de TV americana Fox News, o movimento vem após a morte de um membro das forças especiais americanas, que lutava contra o grupo terrorista Estado Islâmico em território afegão.

A bomba dos EUA foi lançada sobre um complexo de túneis do Estado Islâmico no Afeganistão. A Massive Ordinance Air Blast (MAOB), também é conhecida como "mãe de todas as bombas". Seu primeiro teste foi em 2003, mas ela ainda não havia sido usada antes desta quinta-feira.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou que lançaram a bomba no leste do Afeganistão por volta das 19h (hora local afegã). Spicer disse que o ataque tinha como alvo o sistema de túneis e cavernas usado pelo Estado Islâmico para se mover livremente e atacar forças americanas e afegãs na área. O porta-voz também disse que os militares americanos agiram com precaução no episódio, a fim de minimizar a morte de civis.
 Reprodução/TV 

Numa série de ataques contra o Estado Islâmico, os EUA lançaram na província afegã de Nangarhar a mais potente bomba não nuclear de que há conhecimento.


A bomba lançada foi uma GBU-43, chamada de "mãe de todas as bombas", a maior bomba não nuclear do arsenal americano. O Pentágono informou que a intenção era reduzir obstáculos na área e manter o impulso na ofensiva contra os militantes do Estado Islâmico.

Questionado sobre detalhes relativos ao ataque com a bomba, Spicer disse que não trataria mais do assunto e que isso caberia ao Departamento de Defesa.

O porta-voz falou sobre passos recentes do governo americano, como o encontro de ontem entre Trump e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg. Segundo Spicer, o presidente americano tem enfatizado a importância de que cada país pague uma parcela justa nos custos com defesa dentro da aliança.

Além disso, Spicer disse que o fato de que a China se absteve no Conselho de Segurança em uma resolução sobre a Síria foi uma vitória de Trump e deixou a Rússia mais isolada nessa questão. Moscou apoia o regime de Bashar al-Assad, mas os EUA dizem que o líder sírio foi o responsável por um aparente ataque com arma química ocorrido na semana passada no país, por isso lançaram mísseis contra uma base militar síria.

Spicer ainda informou que Trump receberá na próxima semana o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni.
 

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