EUA retiram Cuba e Malásia da lista negra sobre tráfico de pessoas

Estadão Conteúdo
27/07/2015 às 13:42.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:06

Os Estados Unidos retiraram nesta segunda-feira Cuba e a Malásia da lista negra de países que não cumprem os requisitos para combater o tráfico de pessoas, melhorando a posição do país no relatório anual de seu Departamento de Estado.

A Tailândia, rebaixada com a Malásia no ano passado por causa do uso de trabalho análogo ao escravo na indústria pesqueira, manteve-se na lista negra. Os críticos apontam que a retirada da Malásia na lista está relacionada à sua participação no apoio aos EUA no acordo comercial entre os países do Pacífico. A Tailândia não faz parte do acordo proposto.

Cuba estava na lista negra por vários anos, em meio a alegações, negadas por Havana, de trabalho forçado do governo cubano em missões no exterior. A mudança veio uma semana depois de Cuba e os EUA terem restaurando os laços diplomáticos após 50 anos de estranhamento. Em maio, os EUA retiraram Cuba da lista dos Estados patrocinadores do terrorismo.

Entre os 23 países que ainda continuam na lista negra, estão a Venezuela, o Irã, a Líbia, a Coreia do Norte, a Rússia, a Síria e o Zimbábue, abrindo caminho para sanções, como o congelamento da ajuda não humanitária e não comercial. O Uzbequistão foi promovido depois de dois anos na lista negra.

Já o Belarus, Belize, Burundi, Comores, Ilhas Marshall e Sudão do Sul foram rebaixados para a lista negra.

Agora, o presidente dos EUA, Barack Obama, tem 90 dias para determinar se aplica sanções contra os países da lista negra. O presidente pode bloquear vários tipos de auxílios e poderia retirar o apoio dos EUA para empréstimos do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Fonte: Associated Press.
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