O governo dos Estados Unidos criticou as declarações de líderes do Irã, que afirmaram que um acordo nuclear entre os países só ocorrerá com o fim imediato das sanções contra o Irã. As críticas indicam que o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, vai desistir das negociações caso as sanções não sejam retiradas gradualmente
O assessor de política externa do presidente, Ben Rhodes, afirmou que a posição do líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, e do presidente, Hassan Rouhani, é um reflexo das pressões internas da parcela política conservadora do país e disse que a declaração não significa que um acordo final seja intangível. Entretanto, Rhodes salientou que o rascunho de um acordo, alcançado na semana passada, não trata do fim imediato das sanções e sim de uma transição ao longo do tempo.
"Está claro e entendido que o alívio das sanções será gradual", disse Rhodes à repórteres que viajam com Obama ao Panamá, aonde participa da Cúpula das Américas. "A questão é, nós temos um esboço do acordo. O presidente disse que se os detalhes do esboço não se confirmarem, não teremos um acordo", comentou.
Nas suas primeiras declarações sobre o rascunho de um acordo nuclear, na quinta-feira (9), Khamenei disse à um grupo de poetas religiosos que "não está a favor nem contra" um acordo. Entretanto, afirmou que as sanções "devem terminar totalmente, no primeiro dia após a assinatura do acordo." O prazo para um acordo nuclear definitivo é dia 30 de junho.
Fonte: Associated Press.
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