(Menahem kahana)
RANCHO DE LOS SICÕMOROS - O general e ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, falecido no sábado passado, foi enterrado nesta segunda-feira (13) na fazenda de sua família localizada no sul de Israel, ao lado de sua segunda esposa Lily, como desejava, informou um correspondente da AFP.
Durante o funeral militar, oito generais transportaram o caixão, envolvido na bandeira branca e azul com a estrela de David, enquanto um cantor entoava uma oração tradicional para os mortos.
Depois de retirar a bandeira, baixaram o caixão até o túmulo e o cobriram com terra.
Como manda a tradição, um rabino militar se aproximou dos dois filhos de Sharon, Omri e Gilad, e fez um corte em suas camisas em sinal de luto.
"Arik, o comandante. Teve muitos títulos através dos anos, mas acredito que este é o que lhe cai melhor", declarou o chefe de Estado-Maior, o tenente general Benny Gantz, utilizando o apelido de Sharon.
Entre as personalidades estrangeiras presentes se destacaram na primeira fila o vice-presidente americano, Joe Biden, e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, emissário do Quarteto para o Oriente Médio.
Sharon, que nasceu em uma comunidade agrícola no norte de Tel Aviv em 1928, queria ser enterrado na fazenda Sicomoros, no deserto do Neguev (sul), a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, dirigida pelo Hamas.
Sharon, de 85 anos, havia permanecido oito anos em coma, como consequência de um derrame cerebral ocorrido em janeiro de 2006.
Segurança
Dada a proximidade de Gaza, área controlada pelo movimento islâmico palestino Hamas, o Exército e os serviços de segurança de israel enviaram reforços, elevando o nível de alerta por temor de lançamento de granadas. Baterias de um sistema antimíssil móvel foram enviadas à região. O número de aviões não tripulados que vigiam permanentemente Gaza também foi aumentado para tentar localizar eventuais combatentes palestinos que possam atacar Israel.
"Analisamos todos os cenários possíveis. O Exército está pronto a reagir de imediato", advertiu o chefe da Polícia da Região Sul do país, Yoram Halevy. A morte do antigo líder da direita nacionalista, no sábado (11), aos 85 anos e após oito anos em coma, deixou Israel em situação de luto geral. Cerca de 20 mil israelenses visitaram o caixão do ex-líder ontem (12).
Na Faixa de Gaza, em Ramallah e Jenin, na Cisjordânia, e em campos de refugiados, no Líbano, palestinos não esconderam a alegria quando foi anunciada a morte de Sharon, lamentando que ele não tenha sido julgado pelos crimes cometidos.