Ex-presidente paquistanês Musharraf é preso novamente

AFP
10/10/2013 às 18:11.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:14

ISLAMABAD - A Polícia paquistanesa anunciou nesta quinta-feira (10) uma nova detenção do ex-presidente Pervez Musharraf, a quem havia sido concedida liberdade sob fiança na quarta-feira (9) por outro caso, após vários meses em prisão domiciliar. "Colocamos o general Musharraf em prisão domiciliar por um caso relacionado com uma operação em uma mesquita de Islamabad", declarou aos jornalistas Muhamad Rizwan, uma autoridade administrativa da capital paquistanesa.   Rizwan se referiu à intervenção sangrenta do Exército em 2007 na Mesquita Vermelha de Islamabad, que na época servia de quartel-general de islâmicos radicais que exigiam a instauração da sharia (lei islâmica) e a queda do governo militar de Pervez Musharraf. "Musharraf comparecerá diante de um tribunal na sexta-feira", completou Rizwan.   Na última quarta-feira, o Tribunal Supremo havia concedido a liberdade sob pagamento de fiança ao ex-presidente, de 70 anos, pelo caso de Akbar Bugti, um antigo chefe rebelde da província do Baluchistão (sudeste), que morreu durante uma operação militar em 2006, quando Musharraf estava no poder. Este era o único caso pelo qual o general ainda estava em prisão domiciliar.   O ex-presidente, que esteve no poder entre 1999 e 2008, retornou ao Paquistão no final de março após vários anos de exílio, com a esperança de participar das eleições legislativas e de "salvar" seu país da crise econômica e da ascensão dos talibãs paquistaneses.   A justiça, porém, reabriu os expedientes pendentes dos anos em que comandou o país, como o assassinato da ex-primeira ministra Benazir Bhutto, a proclamação do estado de emergência em 2007 e a morte de Bugti. Nesses três casos, o ex-presidente paquistanês conseguiu ser liberdade após pagamento de fiança.   O partido de Musharraf anunciou nesta quinta-feira (10) que solicitará à justiça a liberdade sob fiança após esta nova prisão. "Pediremos em breve para que seja libertado após pagamento de fiança", disse à AFP Muhamad Amjad, secretário-geral da Liga Muçulmana do Paquistão.

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