O exército da Turquia afirmou que não será envolvido na política em meio ao aprofundamento do escândalo de corrupção que forçou o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, a reformular seu gabinete nesta semana depois que três ministros - cujos filhos estão detidos por causa da investigação - renunciaram ao cargo.
A declaração do exército foi feita em um comunicado divulgado nesta sexta-feira em resposta à possibilidade levantada por consultores de Erdogan em uma coluna publicada no jornal Star de que o escândalo seja um plano para provocar um golpe militar. Erdogan já havia atribuído a investigação sobre corrupção a uma conspiração para derrubar o governo.
O exército turco realizou três golpes militares desde a década de 1960, mas seu poder foi limitado durante o governo de Erdogan. Os críticos acusam o primeiro-ministro de fazer manobras políticas para evitar novas prisões relacionadas à investigação de corrupção, incluindo a remoção de policiais e juízes. Fonte: Associated Press.
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