BEIRUTE - Uma forte explosão ocorreu na noite deste domingo (12) próximo a um importante banco libanês no oeste de Beirute, sem deixar mortos.
A fachada de uma filial do Blom Bank, um dos mais importantes do país, ficou completamente danificada e estilhaços de vidro cobriam o chão, constatou uma correspondente da AFP.
O ministro do Interior, Nuhad al-Mashnuk, disse à AFP que estava "claro" que o banco era o alvo da explosão. A bomba pesava cerca de "três, ou quatro quilos", acrescentou.
"Essa explosão não tem nada a ver com os atentados anteriores" que abalaram a capital nos últimos anos, declarou o ministro à rede local LBCI, detalhando que o estilo era "diferente". "Não houve vítimas", completou.
Um funcionário da Defesa Civil afirmou que uma pessoa ficou levemente ferida. O diretor-geral do Blom Bank, Saad al-Azhari, informou que o banco não havia recebido ameaças. Uma patrulha do Exército chegou ao local, após a explosão.
A Agência Nacional de Inteligência (ANI) informou que a bomba estava debaixo de um carro, mas o diretor-geral da Polícia libanesa, general Ibrahim Basbys, informou à imprensa que o artefato estava dentro de um vaso de planta.
A filial do Blom Bank atacada fica no setor comercial de Verdun, no oeste da capital libanesa.
O dirigente druso Walid Joumblatt relacionou o ataque às sanções adotadas em 17 de dezembro passado pelo Congresso dos Estados Unidos contra os bancos que financiam o Hezbollah, um grupo armado considerado "terrorista" por Washington.
A explosão deste domingo é "um golpe dirigido à economia e ao sistema bancário", declarou ele ao jornal local An Nahar.
"Fiz um apelo para um diálogo sereno sobre o tema das sanções americanas (...) Alguns não querem dialogar, mas é preciso preservar o sistema bancário", frisou.
Os bancos são considerados o setor mais sólido e um fator de estabilidade no Líbano, um país que se encontra paralisado por uma crise constitucional há dois anos.