Expomontes mostra obras de arte com material reciclável

Jornal O Norte
12/07/2010 às 09:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:32

Janaína Gonçalves


Repórter

Quadros, lustres de ferro, peças em gesso, mesas com pinturas barrocas, galões de leite reformados. Essas são algumas peças de arte que vieram de Tiradentes para ser mostradas na Expomontes 2010.

As madeiras de demolição ou trabalhadas, como o cedro, a peroba, madeira branca e eucalipto,  têm hoje um alto valor decorativo e são ainda muito bem aproveitadas para construção, paisagismo, artesanato e fabricação de móveis rústicos, mesmo tendo defeitos e pregos muito antigos, características que dão personalidade própria aos materiais.




Artista plástico Léo Timóteo afirma que a arte


também pode contribuir para a preservação ambiental
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- A ideia é utilizar a  madeira  recuperada de casarões antigos, fazendas e fábricas, tratadas e trabalhadas, para transformá-las em delicados móveis rústicos e ainda levar um pedaço de história para casa - afirma o artista plástico Léo Timóteo.

Alexandre Solino é proprietário da loja Solino Artesanato.  Além da madeira,  as peças em ferro são outro diferencial.

- O ferro tem se revestido de uma grande importância na história da humanidade. A sua utilização, desde a idade do ferro propriamente dita, não mais deixou de se expandir. As suas características, quanto à resistência, maleabilidade e durabilidade, fazem dele o material adequado a uma série de aplicações. Assim, desde utensílios medievais, passando pelo armamento da modernidade, pela produção de maquinaria, com a industrialização e pelas numerosas edificações dos últimos dois séculos, a presença do ferro é uma constante. A arquitetura do ferro tornou-se obra de arte. As ferragens são reaproveitáveis, bem como as chapas de ferro, que se transformam em peças rústicas e com identidade do meio rural – afirma.

Todo o trabalho visa à reciclagem da madeira e ferragem, para a preservação do meio ambiente.

- A expectativa é que a exposição continue nesse pique positivo de aceitação do público norte-mineiro e da fidelização dos negócios. A proposta agora é investir e trazer para Montes Claros uma filial da Solino Artesanato - conclui.

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