Exposição lembra trajetória de Elis Regina, morta há 30 anos

Elemara Duarte - Do Hoje em Dia
20/11/2012 às 10:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:26
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

"Coloco um disco da minha mãe e sinto a vibração da voz dela no corpo do meu filho, de um ano, no meu colo". Essa é uma das ternas formas com que o produtor musical João Marcello Bôscoli lembra da sua mãe, a cantora Elis Regina, 30 anos após a morte dela.

A partir desta terça-feira (20) e até 6 de janeiro, no Palácio das Artes, os belo-horizontinos poderão relembrar as passagens da vida e da carreia da artista na exposição "Viva Elis". Nela, serão mostradas duzentas fotos, vídeos raros, réplicas de figurinos e depoimentos doados ou cedidos por familiares, fãs e pela imprensa de todo o mundo.

A programação integra o projeto Nivea Viva Elis, composto por shows e por essa exposição itinerante, tudo isso idealizado por João Marcello Bôscoli, que vê como positiva a reação do público que assistiu aos shows da irmã, Maria Rita, cantando o repertório de Elis em várias capitais brasileiras, BH entre elas. "Sei que é discutível para alguns, mas Elis ainda carrega a definição de ‘maior cantora do Brasil’. Isso é quase um aposto para ela".

Raridade

Uma das imagens raras foi garimpada justamente em BH. Fã de Elis, o fotógrafo amador Arnaldo Barreto assistiu e registrou o último show da "Pimentinha" na capital, no mesmo Palácio das Artes, em 1981, na turnê "Trem Azul", três meses antes da morte da artista. "Estou muito feliz de poder contribuir um pouco, neste momento histórico da Maior Cantora do Brasil", diz Barreto, reforçando o "aposto" da cantora gaúcha.

Em Minas, Elis teve uma gama de importantes parceiros musicais capitaneados indubitavelmente por Milton Nascimento. A amizade entre ambos, ainda viva na mente de Milton, reforça declarações como a que ele fez a este jornal, recentemente. "O principal é que desde que eu a conheci, todas as músicas que faço, até hoje, eu penso nela cantando. Não penso em mim.

Faço para ela". "Há muitos amigos de Elis aí. Ela teve a sorte de fazer parte de uma geração musical extraordinária", conclui Bôscoli.


Serviço

Exposição Viva Elis, no Palácio das Artes . De terça a sábado, das 9h30 às 21 horas; domingo, das 16 às 21 horas. Até 06/01. Entrada franca. Informações: (31) 3236 7400.

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