Expulso do Rio por doping, dirigente do atletismo é preso após voltar ao Quênia

Estadão Conteúdo
09/08/2016 às 13:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:15
 (PHOTO/Courtesy)

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Depois de ser obrigado a deixar o Rio, o chefe da equipe de atletismo do Quênia, Michael Rotich, foi preso ao retornar ao país africano. Os promotores pediram que ele seja mantido sob custódia por temerem que possa atrapalhar as investigações do caso que envolve o dirigente. Rotich compareceu ao tribunal nesta terça-feira.

Em mais um escândalo de doping, Rotich foi acusado de cobrar propinas para avisar atletas e treinadores sobre a iminência de testes antidoping, segundo revelou investigação do jornal britânico The Sunday Times. Repórteres se disfarçaram de técnicos e flagraram o pedido do dirigente por US$ 13 mil (cerca de R$ 40 mil).

Feita a denúncia, a Federação de Atletismo do Quênia exigiu que Rotich deixasse o Rio e retornasse ao país, para facilitar a investigação. Segundo divulgou a entidade, a presença do dirigente na Olimpíada seria "perturbadora".

Os escândalos de doping têm sido uma assunto recorrentes nesta Olimpíada. Um relatório assinado pelo advogado canadense Richard McLaren, a pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), comprovou que atletas russos utilizavam substâncias ilegais com a anuência do governo do seu país, em um esquema sistemático de uso de doping.

O Comitê Olímpico Internacional (COI, na sigla em inglês) decidiu que cada federação seria responsável por excluir ou não os atletas do Rio-2016. O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), porém, foi mais rigoroso e baniu toda delegação russa da Paralimpíada de 2016, que ocorrerá no Rio pouco depois da Olimpíada, entre os dias 7 e 18 de setembro.

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