SÃO PAULO - A FAB (Forca Aérea Brasileira) recebeu no último dia 30 mais dois aviões não tripulados - os chamados Vants- para vigiar as fronteiras. O investimento foi de R$ 48 milhões. Os primeiros voos estão programados para março.
Os veículos não tripulados devem ser utilizados durante a Copa das Confederações e nas próximas Operações Ágata, nas regiões de fronteira.
Os Vants (veículos aéreos não tripulados) são aeronaves controladas remotamente, a partir de uma base em terra. A versão comprada pela PF é capaz de fotografar o rosto de um traficante a 9.000 metros de altitude, segundo a empresa israelense.
As duas novas aeronaves foram fabricadas em Israel. São do modelo RQ-450 e estão em fase de montagem na base aérea de Santa Maria (RS).
Elas possuem câmeras diurnas e de infravermelho de melhor resolução e sistemas de comunicações aperfeiçoados, segundo a FAB. Também têm um radar que permite fazer imagens mesmo através das nuvens.
Com as novas aeronaves, agora são quatro unidades que fazem parte do Esquadrão Hórus. Outros dois RQ-450 já estavam em operação.
Uma das estrelas da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2010, o avião não tripulado que seria a principal arma para combater o tráfico de drogas nas fronteiras ficou meses no chão por falta de contrato de manutenção. Uma cláusula da compra do sistema, feito junto à empresa israelense IAI (Israel Aerospace Industries), impedia a aeronave de voar sem o contrato.
Em outubro de 2012, a FAB usou pela primeira vez os aviões não tripulados na vigilância da fronteira com a Bolívia.
Um RQ-450 também foi utilizado em ações de segurança durante a conferência Rio+20 no ano passado. Nestas missões, as aeronaves fazem imagens tanto de dia quanto de noite e transmitem ao vivo para os centros de controle.