Outro foco de preocupação das entidades de ajuda humanitária é quanto à escassez de combustível em Gaza (AFP)
GAZA - Quatorze palestinos foram mortos nesta segunda-feira (19) na Faixa de Gaza no sexto dia de ofensiva israelense, o que tem acelerado a atividade diplomática na região com o objetivo de evitar uma escalada militar ainda maior.
Os bombardeios aéreos e marítimos prosseguiam contra o território palestino, enquanto centenas de palestinos participavam nesta manhã em Gaza dos funerais de nove integrantes da mesma família, todos mortos na véspera em um ataque israelense contra a sua casa.
"Será que as crianças atiram foguetes?", gritava a multidão que carregava os corpos de quatro crianças assassinadas no ataque ao imóvel, em um bairro ao norte da cidade de Gaza.
Ofensiva
Com a intenção de interromper os disparos de foguetes palestinos contra Israel, a ofensiva "Pilar de Defesa", lançada quarta-feira (14), tem provocado cada dia mais vítimas civis.
"Perdas inevitáveis" à medida que os bombardeios continuam e que poderiam "minar a legitimidade internacional" da operação, destacou nesta segunda-feira o especialista militar do jornal israelense Haaretz, Amos Harel
Mais de 1.350 alvos foram atingidos na Faixa de Gaza desde quarta-feira (14), de acordo com números fornecidos pelo exército. Até o momento, mais de 850 foguetes foram disparados a partir do território palestino e um deles matou três israelenses na quinta-feira (15) em Kiryat Malachi, ao sul de Israel.
Tentativa de trégua
As negociações diplomáticas e visitas realizadas há vários dias do Cairo a Jerusalém, passando por Ramallah e Gaza, devem continuar nos próximos dias, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo.
Os debates continuam no Cairo, onde uma autoridade israelense esteve no domingo e onde o presidente egípcio, Mohamed Mursi, recebeu os líderes dos dois principais movimentos de Gaza, o líder exilado do Hamas Khaled Mashaal e o líder da Jihad Islâmica Abdallah Challah, de acordo com fontes egípcias.