Inaugurada no fim do ano passado, a faixa exclusiva de ônibus no Viaduto Pacaembu, zona oeste de São Paulo, tem causado transtornos até para os coletivos, em horários de maior movimento. Carros que saem da Rua Brigadeiro Galvão evitam entrar na faixa da direita, no sentido zona norte, para fugir das multas. Dessa forma, ficam aguardando a oportunidade para ingressar nas demais faixas de rolamento, à esquerda, impedindo a fluidez dos coletivos. Por hora, são 110 ônibus.
O viaduto tem três faixas, uma a menos do que a Avenida Pacaembu, o que faz com que haja afunilamento do tráfego. "Do jeito que está, até o ônibus fica prejudicado com o trânsito", disse o aposentado Victor Caruso, de 77 anos, que dirige todo o dia no local.
O universitário Leonardo Zago, de 18 anos, é usuário de ônibus. De acordo com ele, a faixa encurtou em 10 minutos sua viagem. "Ela ajudou bastante, mas poderiam estendê-la para o resto da avenida, não deixá-la só no viaduto. Acho que assim o afunilamento seria menos intenso."
Ontem, 28, à tarde, no sentido zona norte, diversos carros vindos da Rua Brigadeiro Galvão paravam. Coletivos que vinham pela faixa da direita tinham de aguardar os veículos passarem para outras faixas de rolamento. A multa para quem invade a faixa é leve, de R$ 53,20, e há perda de três pontos na carteira.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que, para resolver o problema do afunilamento, estão "sendo desenvolvidos estudos para identificação e efetivação dos ajustes necessários para aumentar a eficiência e eficácia do sistema de transporte público coletivo e diminuir o impacto gerado pela faixa exclusiva".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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