O principal comandante militar dos EUA, o General Martin Dempsey, alertou que o impasse para um acordo de segurança entre os EUA e o Afeganistão está encorajando os inimigos dos norte-americanos a conduzirem ações mais ousadas. A demora também pode fazer com que algumas forças do Afeganistão cooperem com o Taleban, disse.
O General Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior dos EUA, emitiu as declarações após se encontrar com os comandantes afegãos para avaliar as condições e garantir que eles devem focar no trabalho que ainda têm à frente neste ano.
Em entrevista à Associated Press, Dempsey afirmou que a ordem emitida por Barack Obama na terça-feira para iniciar um planejamento para retirada total dos solados norte-americanos trouxe ansiedade aos líderes militares do Afeganistão e afetou a confiança de suas tropas.
A administração de Barack Obama quer manter até 10 mil tropas no Afeganistão após as operações de combate se encerrarem em 31 de dezembro, de modo a continuar treinando as forças militares do Afeganistão e conduzir missões de combate ao terrorismo.
No entanto, as negociações com o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, estão estagnadas. Obama espera que o próximo presidente, a ser eleito ainda neste ano, assine o acordo de segurança necessário para dar a sustentação legal para a manutenção das tropas.
"Há partes do país onde parece haver, e com alguma probabilidade haverá, alguma acomodação entre as forças de segurança afegãs e o Taleban. Acho que um atraso [no acordo] pode acelerar esse tipo de acomodação. Não acho que será algo generalizado, mas é uma possibilidade a se ficar alerta", disse Dempsey. Fonte: Associated Press.
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