Feminicídio

Família homenageia Lorenza Pinho 1 ano após sua morte; promotor foi indiciado por assassinato

Clara Mariz
@clara_mariz
01/04/2022 às 18:46.
Atualizado em 01/04/2022 às 22:09
 (Redes Sociais / Reprodução)

(Redes Sociais / Reprodução)

Missas em quatro cidades marcam um ano da morte de Lorenza Maria Silva de Pinho. O marido dela, o promotor de Justiça André Luiz Garcia de Pinho, está preso, suspeito de assassiná-la no apartamento do casal no bairro Buritis, na região Oeste da capital. 

As celebrações marcadas pela família de Lorenza serão realizadas em  quatro cidades mineiras e no Rio de Janeiro neste sábado (2), data em que completa um ano do feminicídio. Lorenza deixou cinco filhos, o mais novo de 2 anos, um de 7 anos, um de 10 anos, um de 15 anos e o mais velho de 16 anos. 

Conforme o pai de Lorenza, o aviador Marco Aurélio Silva, a celebração é para homenagear a vida da filha. “É um ano que eu perdi a minha filha, um ano de muita tristeza, um ano de muita tristeza para toda a família. Não temos mais o que sentir neste momento”, disse Silva ao Hoje em Dia. 

As missas acontecem em Belo Horizonte, Barbacena, Viçosa, Uberaba e no Rio de Janeiro. Na capital mineira a homenagem será na Igreja Nossa Senhora do Carmo, às 19h. 

Relembre o Caso 

Lorenza foi encontrada morta, no dia 2 de abril de 2020, no apartamento em que morava com o marido, o então promotor  André Luiz Garcia de Pinho. Após 11 dias no Instituto Médico Legal da capital, o corpo foi liberado e enterrado em Barbacena, onde Lorenza nasceu. 

O atestado de óbito preliminar assinado por dois médicos do IML de BH apontou que Lorenza teria engasgado com um remédio. Porém, a família da mulher tinha suspeitas da causa da morte que constava no documento. 

Após investigações, André Luiz foi indiciado por feminicídio. Conforme a denúncia do Ministério Público, o promotor teria intoxicado e asfixiado a esposa na noite em que ela morreu. Ele foi acusado de aplicar nas costas da esposa adesivos de analgésicos em quantidade superior à dose prescrita e, ainda, ter dado a ela duas garrafas de bebida alcoólica para que ela tomasse. 

Durante a perícia, constatou-se que no sangue da vítima havia substâncias como Zolpiden, Mirtazapina, Quetiapina, Buprenorfina e Clonazepam. O laudo do IML também apontou que Lorenza foi asfixiada e tinha lesões na região cervical, próximo ao pescoço.

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