Empresas querem reajuste

'Farei quase o impossível para manter como está', diz Fuad sobre aumento das passagens de ônibus

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
31/03/2023 às 08:46.
Atualizado em 31/03/2023 às 09:04
Fuad Noman (PSD) tenta a reeleição à PBH (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Fuad Noman (PSD) tenta a reeleição à PBH (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), afirmou que vai tomar medidas para manter a passagem de ônibus em R$ 4,50. A fala vem horas após o Executivo municipal admitir que recebeu uma proposta das empresas solicitando reajuste da tarifa para R$ 6,90

Fuad afirmou que o aumento está fora de cogitação nesse momento. No entanto, não descartou mudanças no futuro. "Foi solicitado (pelas concessionárias), mas não foi aprovado pela prefeitura. Qualquer aumento que, no futuro, possa ser autorizado, será informado com antecedência", disse, em entrevista à rádio Itatiaia.

O pedido enviado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) tem em vista o fim do pagamento do subsídio, que possibilitou o congelamento de preço. Ao todo, as empresas do transporte convencional receberam R$ 226,6 milhões e as do transporte suplementar, R$ 11 milhões. 

O prefeito disse que a administração municipal fará "quase o impossível" para garantir a manutenção dos preços. 

"Há um projeto aprovado na Câmara que define a nova fórmula de custeio do transporte coletivo e o novo projeto está em andamento. Espero que seja aprovada a participação da prefeitura na complementação das tarifas de ônibus pagas pelos usuários. E, como eu tenho afirmado e reafirmado, farei o possível e quase impossível para manter como está".

Nas últimas semanas, a Câmara de Vereadores aprovou uma lei que muda a forma como a PBH vai repassar o subsídio às concessionárias. O Executivo deve pagar por quilometragem percorrida por cada coletivo. O pagamento era feito por quantidade de passageiros transportados.

Para o Setra-BH, o fim da validade da lei que prevê o congelamento gera a necessidade de ser aplicada a “fórmula paramétrica contratual”, ou seja, a tarifa do transporte público deve ser reajustada pelos índices inflacionários de 2018 até 1º de abril deste ano, conforme previsto em contrato com a prefeitura.

O aumento das passagens precisa ser autorizado pela Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob) antes de ser implementado.

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