Feira de ciências apresenta pesquisas de modo divertido

Mariana Lenharo
17/10/2012 às 09:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:18

Na feira de ciências da USP, que começou na terça-feira (16) e vai até sábado (20) no Parque de Ciência e Tecnologia (CienTec), na zona sul de São Paulo, o desafio é ensinar conceitos científicos complexos de um jeito divertido.

O evento faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que tem atividades educativas programadas para todo o País.

Institutos da universidade montaram stands onde apresentam experiências e demonstram conhecimentos de assuntos que abrangem desde a ciência da computação à psicologia.

Uma das atrações mais concorridas é uma gaiola metálica na qual os visitantes ficam protegidos de raios estrondosos produzidos no exterior da estrutura. "As pessoas são atraídas pelo efeito visual e sonoro. Querem ter a adrenalina de ficar no meio dos raios", diz o monitor Rafael Carlin, de 21 anos, que está no terceiro ano de Física na USP.

Ele acrescenta que é papel dos educadores aproveitar a curiosidade do público para explicar o porquê daquele fenômeno e despertar neles o interesse pela ciência envolvida no processo.

Outra atração popular é o stand do Instituto Biológico, que apresenta insetos curiosos como a barata de Madagáscar, maior espécie do mundo, e o bicho da seda em todas as fases da vida. Periodicamente, monitores organizam corridas de baratas e oferecem ao público a possibilidade de tocar os bichos.

A feira também é uma maneira de se entrar em contato com profissões menos conhecidas, como a meteorologia e a geociência, por exemplo. "As pessoas vivem falando do tempo, se está sol ou se chove. Tudo isso é meteorologia, mas ninguém se dá conta", diz o monitor Leonardo Gilly, de 19 anos.

Para a diretora do Museu de Ciências da USP, Marina Mitiyo Yamamoto, o principal objetivo é sensibilizar o público sobre a importância da ciência. "É preciso tirar o véu de que a ciência é chata. Ela pode ser boa e interessante. A feira aguça a curiosidade e desperta o espírito de investigação."

Ela acrescenta que o cientista de amanhã é a criança curiosa de hoje. "Queremos mostrar que tudo é possível e que a ciência não é privilégio de alguns." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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