Festa de Iemanjá completa 69 anos neste sábado (13) (Zaíra Magalhães/Divulgação)
A imagem da Rainha das Águas, na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, é o cenário da Festa de Iemanjá que completa 69 anos neste sábado (13).
Registrado como patrimônio imaterial da capital, o evento realiza, desde às 16h deste sábado, apresentações culturais das tradições negrascom danças afro.
Cerca de 60 pessoas participaram da abertura do evento, mas a expectativa é que o número cresça durante as celebrações, com a chegada de representantes de diversos terreiros da capital.
Keila Gonçalves Sena, 26 anos, que faz parte do terreiro Caboclo Pena Branca e Ilê Axé Kinanbogy, conta que participa todos os anos do encontro.
Para ela, essa é a festa mais importante, pois traz emoção, beleza, felicidade e “tem muito axé”. “A gente faz a entrega dos barcos, das flores e pede para levar tudo o que é negativo e para dar para gente coisas boas”, reitera.
Participantes da Festa de Iemanjá, Keila Gonçalves Sena e Bruno Filho, ogan dos terreiros Caboclo Pena Branca e Ilê Axé Kinanbogy (Fernando Michel)
Participantes da Festa de Iemanjá, Keila Gonçalves Sena e Bruno Filho, ogan dos terreiros Caboclo Pena Branca e Ilê Axé Kinanbogy
Programação
Sessão em casa espírita umbandista, às 19h, com hinos de umbanda, defumação, pemba, lavagem das escadarias, entrega de flores, de barcos e presentes a Iemanjá, ao som dos atabaques.
No fim do evento, os terreiros darão início às giras, quando os médiuns recebem os caboclos que darão passes nos participantes.
Solidariedade
O evento é gratuito, mas quem quiser pode levar um quilo de alimento não perecível para trocar por um ojá (pano de cabeça das mulheres no ritual de umbanda).
As doações serão entregues a creches e asilos que recebem assistência dos centros de umbanda que participam do evento.