Depois de lançar o Mobi com os motores Fire 1.0 (quatro cilindros) no primeiro semestre do ano passado, em novembro a Fiat apresentou o compacto com motor Firefly (três cilindros). Agora resolveu instalar a caixa automatizada Dualogic, que passa a se chamar GSR (Gear Smart Ride) Comfort, na versão Drive GSR, que beira os R$ 45 mil.
Trata-se de uma opção que deveria existir desde o lançamento do carrinho, lá em 2016. Afinal, o concorrente direto dele, o Volkswagen Up, nasceu com motor três cilindros 1.0 e também oferecia caixa automatizada. E muito do fraco desempenho do Mobi no primeiro ano de mercado se deve não apenas ao acabamento paupérrimo, mas também ao uso de uma motorização antiga (que continua em linha) e pouco eficiente. E como para quem busca um popular economia é palavra de ordem, demorou para o Mobi atender essa demanda.
Além disso, a Fiat enxugou a linha e agora só sobraram quatro versões: Easy (R$ 33.790); Like (R$ 38.190); Way (R$ 40.650); e a Drive.
Automatizado
O sistema utiliza o mesmo padrão adotado pelo Uno em 2014. Ao invés de alavanca, os comandos da transmissão são feitos por botões. De acordo com a Fiat, a caixa foi totalmente retrabalhada em relação à antiga versão do Dualogic e foi ajustada para privilegiar a eficiência. Tanto que a marca faz questão de declarar um consumo com gasolina na ordem de 14 km/l na cidade e 15,9 km/l na estrada, de acordo com o Inmetro.
No entanto, quando o carrinho é abastecido com álcool, a eficiência despenca para 9,9 km/l no percurso urbano e 11,1 km/l no rodoviário. Ou seja, se todos esses números baterem (como no teste de etiquetagem), o Mobi automatizado oferece autonomia 40% superior com gasolina, o que torna o combustível verde uma opção para último caso.
Por outro lado, vale lembrar que com derivado do petróleo a potência do três cilindros 1.0 Firefly despenca de 77 cv para 72 cv. Já o torque retrai de 10,9 mkgf para 10,4 mkgf, mas ainda assim continua superior à oferecida por March, Up e Ka, que também adotam motores com um pistão a menos.