Uma a cada três pessoas internadas com arritmia cardíaca, apresenta a doença
Distúrbios elétricos que provocam a fibrilação atrial fazem o coração bater num ritmo rápido e desorganizado (Pixabay/Divulgação)
O técnico Tite, do Flamengo, está internado no Rio de Janeiro após sofrer uma arritmia causada pela altitude de La Paz, na Bolívia, na noite de quinta-feira (22). De acordo com o clube, o treinador foi encaminhado ao Hospital Copa Star logo que o clube desembarcou no Brasil. Após realizar uma bateria de exames, foi confirmada fibrilação atrial.
Até o momento, os médicos avaliaram que não será necessário passar por cirurgia.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a fibrilação atrial é a arritmia sustentada mais frequente na prática clínica. Quanto maior a idade - sobretudo hoje em dia, com o aumento da expectativa de vida e melhoria terapêutica das doenças crônicas-— maiores são a incidência e prevalência desta arritmia.
A fibrilação atrial está associada com o aumento de risco de AVC (isquêmico e hemorrágico), insuficiência cardíaca e mortalidade total! Geralmente o AVC isquêmico de etiologia cardioembólica é mais grave e mais incapacitante do que AVC isquêmico de origem isquêmica.
É um tipo de arritmia cardíaca com características muito específicas que atinge 2 a 4% da população mundial, sendo mais comum quanto maior for a idade da pessoa. O coração que sofre de fibrilação atrial tem os batimentos acelerados e que passam a bater em ritmo irregular.
Atualmente, o número de pacientes com fibrilação atrial passa de 33 milhões em todo mundo. No Brasil, estimativas indicam que até 5 milhões pessoas possuam a doença, mesmo sem saber: uma a cada três pessoas internadas com arritmia cardíaca, apresenta FA.
Entre os idosos a situação é ainda mais crítica. Em média, 10% das pessoas acima dos 70 anos têm esse problema de saúde.
A fibrilação atrial é uma doença que evolui com o tempo e costuma tornar-se mais grave a medida que os pacientes envelhecem. Infelizmente, muitas pessoas não procuram o tratamento adequado na fase inicial do problema, e acabam passando para os estágios mais avançados.
Os distúrbios elétricos que provocam a fibrilação atrial fazem o coração bater num ritmo rápido e desorganizado. Por não bater corretamente, o coração não bombeia o sangue como deveria e o fornecimento de oxigênio para todo o corpo fica comprometido. Isso pode ser percebido através de uma série de sintomas.
Entre os mais comuns, estão:
Em geral, quanto mais avançada a idade do paciente, mais comuns e perceptíveis são os sintomas. Mas há casos em que a doença não manifesta sinal algum. Por isso, é importante manter acompanhamentos periódicos com o cardiologista.