(Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
O jornal alemão Bild publicou nesta segunda-feira (7) que a Fifa estaria orientando os árbitros da Copa do Mundo a deixarem o jogo seguir, dando menos cartões para "não prejudicar o espetáculo". Em resposta à acusação, o diretor de Comunicação e Assuntos Públicos da Fifa, Walter de Gregório, pronunciou-se no Maracanã para formalmente negar o direcionamento da arbitragem.
"Esse jornal diz que há uma agenda oculta e cita Massimo Busacca (chefe de arbitragem). Ele é acusado de pedir menos punição, para deixar o jogo correr e termos mais espetáculo, diversão. A ideia de que há um plano secreto é absurda", garantiu o dirigente, argumentando que os erros de interpretação são do jogo. "Jamais nós teremos um árbitro que não se engane", pondera.
O diretor aproveita para reclamar de perseguição da imprensa quanto às definições da Fifa durante a Copa do Mundo. Ele ainda lembra a escolha pela não punição do colombiano Zúñiga pela joelhada que tirou o atacante Neymar do torneio.
"Vocês podem questionar todas as decisões da arbitragem. Isso faz parte do jogo", reconhece Walter de Gregório. "A decisão sobre o lance do Zúñiga sobre o Neymar, por exemplo, será questionada independentemente da decisão. Nós seremos criticados qualquer que seja a decisão, sempre saímos perdendo, mas isso é parte do jogo. O que não aceitamos é a entrada da discussão na questão ética", refuta.
Em 60 partidas da Copa do Mundo disputadas até aqui, 174 cartões amarelos foram mostrados, com média de 2,9 advertências por jogo. Houveram ainda dez expulsões. A seleção mais punida foi a Costa Rica, que recebeu 12 amarelos e um vermelho. A Seleção Brasileira vem logo atrás por ter seus jogadores pendurados dez vezes em cinco jogos.